Presidente da organização diocesana sublinha consequências da crise económica
Viseu, 31 out 2014 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Diocesana de Viseu revelou à Agência ECCLESIA que a instituição católica continua atenta às consequências do atual contexto social e económico que agravou as condições de quem já tinha “grandes carências”.
“Verificamos situações de pobreza extrema em que as pessoas que já se encontravam em grandes carências têm tido cada vez mais dificuldades económicas e consequentemente a desestruturação familiar, em muitos casos o consumo de álcool, a violência doméstica”, revela José Fernando Pereira Borges num artigo publicado no mais recente Semanário ECCLESIA, com um dossier dedicado à Diocese de Viseu.
O responsável destaca também as situações de “pobreza encoberta, os novos pobres” que pertenciam à classe média e, agora, em situação de desemprego “não têm dinheiro para pagar a renda, hipotecas e a aquisição de bens essenciais”.
Os idosos em situação de isolamento e “cada vez mais fragilizados”, os jovens sem projetos de vida e “muitas vezes caindo na marginalidade, no consumo de drogas” e o trabalho com as minorias e o “seu processo de inclusão social” são outras realidades que a Cáritas Diocesana de Viseu identifica como prioritárias da sua atividade.
Para ajudar as diversas carências e necessidades identificadas, José Fernando Pereira Borges explica que ajudaram “milhares de pessoas”, nomeadamente em termos económicos, como: “O pagamento de rendas em atraso; o apoio na medicação; óculos entre outros produtos; ajuda em bens alimentares e bens básicos para a sua sobrevivência”.
A promoção e o desenvolvimento social foi outra das áreas que a Cáritas Diocesana de Viseu “investiu fortemente” através de respostas sociais, que promoveram a educação, a formação e a procura de emprego, com o apoio do Atendimento Social; o Centro Comunitário; a Equipa Multidisciplinar do Rendimento Social de Inserção; o Projeto Escolhas Acertadas.
Entre outros programas e projetos o responsável da instituição católica revela que está a “dinamizar” o reforço e a organização dos grupos sócio caritativos nas paróquias da diocese para “melhorar a rede de sinalização, apoio e acompanhamento de situações problemáticas”.
CB