Homilia do Domingo de Ramos deixa desafios para a vivência da Semana Santa
Viseu, 02 abr 2023 (Ecclesia) – O bispo de Viseu presidiu hoje à Missa do Domingo de Ramos, na catedral diocesana, deixando desafios para a vivência da Semana Santa, em particular a atenção aos “abandonados e marginalizados” da sociedade.
“Pensemos muitas vezes nisto! Vivamos a nossa fé em proximidade e comunhão com todos os abandonados e marginalizados da nossa sociedade, com todos os que são vítimas das mais diversas formas de sofrimento no mundo, olhando para Jesus o ‘Crucificado, Ressuscitado’”, referiu D. António Luciano, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
O responsável católico observou que o sofrimento de Jesus “continua hoje na vida e na história de tantos homens e mulheres, crianças e jovens, adultos e idosos”.
“Irmãos nossos, que sofrem vítimas dos horrores da guerra, da violência, da fome, do abandono, da solidão, das injustiças e de tantas causas de doença e de morte”, acrescentou.
Tantas vítimas de exclusão, de indiferença, de esquecimento, de abusos das mais diversas formas, de gente inocente e indefesa, a quem foi roubada a dignidade, a integridade, a vida humana, psicológica, moral e espiritual”.
A Igreja Católica inicia, com a celebração dos Ramos, o itinerário da Semana Santa, momentos centrais do ano litúrgico que, nas igrejas e nas ruas, recordam os momentos da Paixão de Jesus – a sua prisão, julgamento, condenação à morte e crucifixão.
“Na Paixão e Morte de Cristo na Cruz ninguém é esquecido, nem excluído, ou abandonado nas suas dores e necessidades, todos fomos perdoados e nas suas chagas fomos curados”, indicou o bispo de Viseu.
D. António Luciano apelou à participação na renúncia quaresmal, que este ano se destina às vítimas do terramoto na Turquia e na Síria, no último dia 6 de fevereiro.
“A Semana Santa vivida em profundo silêncio interior, em espírito de jejum e penitência, em fecunda caridade fraterna, num maior cuidado com às crianças, adolescentes e jovens a caminho da Jornada Mundial da Juventude, ajude as famílias de acolhimento, os animadores e os voluntários da JMJ a serem fiéis à sua missão”, assinalou o responsável.
A homilia concluiu-se com apelos à oração pelas “grandes intenções do mundo, da Igreja, da paz, da não-violência e pela recuperação da saúde do Papa Francisco”.
OC