Viseu: Bispo quer uma «Igreja viva, renovada, onde todos têm lugar»

Aniversário da dedicação da Catedral e dia da Igreja Diocesana celebrados com o lema «Sonho: Raízes que dão frutos»

Viseu, 25 jul 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viseu presidiu à Eucaristia do aniversário da dedicação da catedral, e ‘Dia da Igreja Diocesana, dos Avós e dos Idosos’, apelando a uma Igreja com lugar para todos.

“Quero uma Igreja viva, renovada, onde todos têm lugar, onde todos se sintam em casa e em família, acolhidos, amados e ajudados nas suas necessidades e provações”, disse D. António Luciano, este sábado, em homilia enviada à Agência ECCLESIA.

Na celebração dos 506 anos do aniversário da Dedicação da Catedral, que ocorreu a 23 de julho de 1516, e Dia da Igreja Diocesana, dos Avós e dos Idosos, o bispo de Viseu explicou que este dia de ação de graças e de festa convida a “’caminhar juntos’ no horizonte da escuta, do acolhimento e do diálogo sinodal”, que a Igreja é chamada a viver e a testemunhar.

‘Sonho: Raízes que dão frutos’ foi o lema que reuniu este ano a Diocese de Viseu – clero, diáconos, consagrados, leigos, avós, idosos, famílias, jovens, responsáveis diocesanos e membros de movimentos – à volta do altar, com o bispo diocesano, na Sé.

“Este slogan convida-nos a dar graças ao Senhor pelas maravilhas que realizou em favor do seu povo. Esta Igreja de Viseu tem raízes antigas e profundas, que sustentam esta árvore frondosa cheia de ramos e deliciosos frutos, que desde a sua criação como diocese no ano de 571, continua a cuidar de nós”, desenvolveu.

Na homilia, D. António Luciano lembrou o aniversário da ordenação sacerdotal de vários presbíteros, os dezoito anos de ordenação episcopal de D. Ilídio Leandro (1950-2020), o seu antecessor bispo de Viseu de 2006 a 2018, a ordenação dos dez primeiros diáconos permanentes, e a sua própria entrada solene na diocese, há quatro anos.

“Todos são motivo de festa e de ação de graças ao nosso bom Deus, por tantas graças e maravilhas realizadas em favor do seu povo. Convido-vos hoje de novo a caminhar com zelo apostólico: ‘Mãos à Obra!’ Coragem a Obra é de Deus, nos somos as pedras vivas do Templo do Senhor”, realçou.

A partir das leituras da celebração, o bispo de Viseu salientou que no Evangelho de Lucas o exemplo de Zaqueu desafia a “um encontro de conversão e compromisso com a pessoa de Jesus Cristo”.

O exemplo de Zaqueu ajuda a humanidade do nosso tempo tão afastada de Jesus e da Igreja a fazer o caminho inverso. Passar da indiferença, da negação, da ausência, para o encontro com o outro, a escuta, o diálogo, a comunhão e a participação, eis o verdadeiro caminho sinodal”.

No contexto do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que a Igreja Católica celebrou este domingo, o bispo de Viseu agradeceu esta presença na celebração na companhia dos familiares e cuidadores.

“Olhando para vós, sonho com uma Igreja renovada e missionária, aberta a todos, que nasce da vida familiar vivida na oração, no trabalho e na comunhão com Deus, em caminho sinodal e conduzida pelo Espírito Santo”, acrescentou.

D. António Luciano salientou que o Dia dos Avós e Idosos, que celebram “com fé, esperança e amor”, é memória agradecida pelo passado, confiança no presente, que “leve a construir o futuro de um mundo mais renovado, justo e fraterno”, na homilia disponível no sítio online da Diocese de Viseu.

CB/OC

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