«Viveu a sua vocação batismal na fidelidade ao Evangelho, tornando-se um desafio para todos» – D. António Luciano
Viseu, 19 ago 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viseu presidiu esta quarta-feira à Missa da festa de Santa Beatriz da Silva no convento de clausura local, onde afirmou que a fundadora das Irmãs Franciscanas Concepcionistas da Imaculada Conceição é um “desafio para todos”.
“Santa Beatriz viveu a sua vocação batismal na fidelidade ao Evangelho, tornando-se um desafio para todos os fiéis, consagrados e leigos a viver a vocação cristã com radicalidade e testemunho espiritual”, disse D. António Luciano, numa homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O bispo de Viseu explicou que “toda a felicidade está em Deus” e no projeto de se serem “dóceis e fiéis à vocação”, na celebração da “vida, fé, beleza interior e espiritual”, da vocação cristã e a consagração a Deus e à Igreja de Santa Beatriz da Silva.
“Santa Beatriz procurou fazer sempre a vontade de Deus: na corte de Espanha, no convento de Toledo, onde se recolheu numa vida de silêncio, de oração e de contemplação para saborear o mistério de Deus”, assinalou.
Beatriz da Silva nasceu numa família nobre, em Campo Maior, Portugal, por volta de 1426, e faleceu com fama de santidade, em 1492, pouco depois de fazer profissão religiosa.
“Despojada de si mesma e de tudo o que é mundano, inspira a sua vida religiosa, numa profunda comunhão e devoção a Nossa Senhora, centrada sobretudo no mistério da Imaculada Conceição”, destacou D. António Luciano, no Convento de Clausura de Santa Beatriz da Silva em Viseu.
A santa portuguesa foi para a corte de Castela, em 1447, como dama de honor da infanta Isabel de Portugal, retirando-se depois para o convento da Ordem de São Domingos, em Toledo, onde viveu durante mais de 30 anos; em 1484, foi com doze companheiras para a casa ‘Palácio de Galiana’, na mesma cidade, e começou a fundação da Ordem da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
O bispo de Viseu explicou que a atualidade da vida e do carisma de Santa Beatriz da Silva “precisa de ser conhecida, acolhida e amada” por todo o povo de Deus, para que, como ela, todos experimentem “em Deus, uma vida feliz e santa”.
“Para Santa Beatriz abraçar os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, longe do barulho e prazeres do mundo, foi uma experiência de fé vivida na alegria do silêncio interior, que se respira num convento”, referiu D. António Luciano na sua homilia.
Beatriz da Silva foi canonizada pelo Papa Paulo VI a 3 de outubro de 1976.
CB/OC