D. António Luciano evocou «todos os que são rejeitados na sua vida e por causa da sua condição»

Viseu, 25 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Viseu afirmou que o nascimento de Jesus traz uma luz capaz de dissipar a violência e a guerra, falando na homilia da Missa da Noite de Natal.
“O Natal de Jesus trouxe-nos a verdadeira luz divina, que dissipa as trevas do erro, do ódio, da violência, da guerra e do pecado, para construirmos a paz universal, que dá sentido à nossa esperança”, declarou D. António Luciano, que presidiu à celebração da meia-noite, na Sé diocesana.
A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, sublinhou que a sociedade atual se encontra muitas vezes mergulhada em “sombras de indiferença e frieza espiritual”.
O responsável católico alertou para um mundo “fragilizado e frio, pela falta de amor, de esperança e de paz”, pedindo aos fiéis que não esqueçam os mais vulneráveis nesta quadra festiva.
“Lembremos nesta noite todos os que são rejeitados na sua vida e por causa da sua condição social, económica, política, religião, etnia, doença e pobreza são marginalizados e excluídos da sociedade”, apelou.
Num ano marcado pela celebração dos 1700 anos do Concílio de Niceia, D. António Luciano evocou a definição dogmática da encarnação para reforçar a dimensão teológica da festa.
“Passados 1700 anos da celebração do Concílio de Niceia, proclamemos a nossa profissão de fé batismal”, disse, lembrando que Jesus “assumiu a natureza humana e ofereceu a cada ser humano o dom da sua divindade”.

O bispo de Viseu exortou as comunidades cristãs a serem agentes ativos de transformação social e eclesial.
“Pedimos a Jesus que a nossa vida, as nossas famílias e as nossas paróquias se tornem espaços de acolhimento e fraternidade, “Protagonistas da Mudança” “, referiu.
A concluir, D. António Luciano deixou um convite ao cuidado com “os pobres, os doentes, os necessitados, dos desfavorecidos, dos migrantes, dos presos, dos desalojados e dos peregrinos”.
A celebração do Natal, que no Cristianismo assinala o nascimento de Jesus, iniciou-se um pouco por todo o mundo na noite anterior ao dia 25 de dezembro, seguindo uma tradição que remonta aos primórdios da Igreja de Roma.
OC
