Viseu: Bispo pede à diocese gestos de solidariedade e oração durante a Quaresma

D. António Luciano presidiu à Missa de Quarta-Feira de Cinzas, na catedral

Viseu, 06 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo de Viseu pediu à diocese, na homilia da Missa da Quarta-Feira de Cinzas, realizada na catedral, que tenha gestos de solidariedade durante a Quaresma.

“Faço um apelo a cada um de vós para que assumam um compromisso durante a Quaresma, mesmo que seja pequeno. Visitem um doente, façam uma pequena oração, estejam atentos a uma criança, a um jovem, a um idoso, às necessidades dos outros”, afirmou D. António Luciano, na celebração, informa o Gabinete de Informação da Diocese de Viseu.

Segundo o bispo diocesano, “é como um botão de uma rosa”, isto é, “é só um, mas colocado num lugar visível irradia beleza”, frisando que “bastam cinco minutos ou uma hora” do dia “para elevar o pensamento a Deus”.

Partindo do Evangelho de São Mateus, que convida a pôr em “prática as boas obras”, D. António Luciano destacou a importância “da oração, do jejum e da esmola como sinais de solidariedade e fraternidade” para que os “fiéis vivam a esperança através da relação uns com os outros, da comunhão com Deus e também intercedam pela transformação do mundo, que marcado por violência e guerras deseja alcançar a paz”.

A Quarta-Feira de Cinzas assinala o início da Quaresma, período de 40 dias (a contagem exclui os domingos) marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (em 2025, no dia 20 de abril).

Foto: Diocese de Viseu

No início da Eucaristia, o cónego Manuel Matos, deão da catedral, apontou este como “um caminho da cruz que conduz à luz. Um tempo de voltar para o caminho reto com uma atitude de acolhimento, serviço e caridade para com os irmãos”.

Este “tempo santo e favorável”, marcado pela “penitência, jejum, oração e esmola”, é apontado como o “caminho de conversão”, vivido neste ano santo jubilar da esperança, destacou, por sua vez, o bispo.

D. António Luciano lembrou que este ano a renúncia quaresmal “está simbolizada num pão que será partilhado em três partes iguais”.

Uma parte está destinada a “apoiar a construção de uma cozinha comunitária, em Angola, na Diocese de Viana”; outra partilhada com a “Fazenda da Esperança”, uma comunidade terapêutica de recuperação de dependências, situada na paróquia de Celorico da Beira, Diocese da Guarda; e a terceira fatia vai “contribuir para o ‘Fundo de Emergência’ da Diocese de Viseu, com o objetivo de apoiar situações de necessidade”, referiu.

Durante este tempo litúrgico específico, a renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

Na Eucaristia, a diocese uniu-se ao Papa, com preces pela melhoria do estado de saúde de Francisco.

LJ/OC

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