Viseu: Bispo faz memória da beatificação de Rita Amada de Jesus, «uma mulher centrada em Deus»

«O que aconteceu é um desafio a viver a santidade como povo de Deus a caminho» – D. António Luciano

Viseu, 28 mai 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu recordou hoje os 15 anos da beatificação de Rita Amada de Jesus, fundadora do Instituto Jesus Maria José, questiona o que mudou na diocese, e pede a “santificação das famílias”, vocações e “o fim da pandemia”.

“O que aconteceu é um desafio a viver a santidade como povo de Deus a caminho, fazendo juntos esta experiência, que depois deste evento solene devia marcar o ritmo de vida eclesial da Diocese de Viseu. O seu carisma contínua atualíssimo e urgente, é preciso levá-lo e desenvolvê-lo nas nossas paróquias e comunidades cristãs”, escreve D. António Luciano.

Na nota enviada à Agência ECCLESIA,o responsável pede “pela glória que goza junto de Deus” a renovação da diocese, “a santificação das famílias, o aumento das vocações e o fim da pandemia”, neste ano dedicado a São José, a quem a Beata Rita Amada de Jesus “confiava tudo o que parecia impossível realizar”, e no ano ‘Família Amoris Laetitia’.

Segundo o bispo de Viseu, passados 15 anos da beatificação de Rita Amada de Jesus, muitos perguntam-se “o que mudou na vida” dos cristãos da diocese, no seu presbitério, na vida quotidiana das comunidades do Instituto de Jesus Maria José, “particularmente na vida comunitária das irmãs e no seu apostolado em Igreja”.

“Como tem vivido o Instituto esta primavera de santidade e de esperança marcada pelo testemunho de vida espiritual e de santidade da Beata Rita. Como tem aproveitado a comunidade constituída pela Reitoria da Igreja da Beata Rita este tempo depois da Beatificação e que trabalho pastoralmente estamos a realizar para fazer acontecer o fim deste percurso com a Canonização, tão necessária e esperada”, desenvolve.

A vida da Beata Rita Amada de Jesus, indica D. António Luciano, “pode comparar-se à de um peregrino”, foi uma jovem, uma mulher crente, uma religiosa, e fundou o Instituto Jesus Maria José, uma congregação religiosa.

O bispo de Viseu lembra o serviço à educação, à família, “berço do seu apostolado”, e que entregou a sua vida ao cuidado dos que era preciso “evangelizar e cuidar, principalmente os mais desprotegidos e excluídos da sociedade”, os pobres, as jovens em risco de vida moral, as crianças, a família e as mulheres sem instrução, educação e cultura.

Para D. António Luciano, a sociedade do final do século XIX e início do século XX foi o “terreno favorável” para realizar o seu carisma e obra na missão de anunciar o “Evangelho da conversão” às jovens e famílias do seu tempo.

A celebração da Eucaristia da Beatificação de Irmã Rita Amada de Jesus foi presidida pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos (Santa Sé), o cardeal português D. José Saraiva Martins.

“Foi um dia de festa inesquecível para a Diocese de Viseu e para a Igreja no momento solene em que foram reconhecidas as virtudes heroicas e a santidade de vida de uma filha ilustre deste povo de Viseu”, refere D. António Luciano.

Rita Amada de Jesus (1848-1913) é natural de Casal Mendinho, paróquia de Ribafeita, no concelho de Viseu.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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