D. António Luciano reflete sobre vocação, ecologia e economia, numa mensagem à diocese
Viseu, 03 jul 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu faz hoje “dois apelos” aos pais e encarregados de educação na diocese para inscreverem os filhos na catequese paroquial e na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC).
“Nestes dias de matrícula dos vossos filhos na Escola não deixeis de os inscrever nas Aulas de Religião e Moral Católica, pois elas são importantes e estruturantes para a formação integral dos vossos filhos”, explica D. António Luciano.
Numa nota publicada hoje no sítio online da diocese, o responsável católico pede aos pais que cuidem dos filhos no presente “com qualidade humana ética, cívica e espiritual” para o futuro, “que será a pertença a um mundo renovado”.
O segundo apelo, que é também uma “preocupação” para o bispo de Viseu, é que os pais inscrevam os filhos na catequese paroquial, sem deixarem “de ser os primeiros catequistas”.
Na nota ‘O mundo precisa do Testemunho da Fé – O testemunho dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo enriquece, ilumina e fortalece a vida da Igreja’, o bispo de Viseu questiona-se sobre o lugar do “dom da vocação” no mundo hoje.
D. António Luciano assinala que em tempo de pandemia toda a pastoral da Igreja, “porque deve ser vocacional, há de continuar a propor aos jovens a radicalidade da vocação” e explica que hoje “Deus continua a chamar”.
“A dinâmica do chamamento e o projeto de uma pastoral vocacional hoje é sempre algo de atual. Os verbos a utilizar são os mesmos: chamar, propor, apontar um ideal de vida, um projeto de realização pessoal”, acrescenta, sobre o objetivo de toda a pastoral vocacional e eclesial.
Para o bispo de Viseu a crise vocacional da Igreja, “tantas vezes apontada pela diminuição da natalidade”, assenta numa “sociedade consumista, hedonista, ateia, descartável, pragmática, sem valores e princípios orientadores, sem líderes na família, na escola, na Igreja, na sociedade”.
Na nota publicada online, o bispo de Viseu observa o tempo em que se vive hoje, “e mesmo dentro da própria Igreja”, é um período de “muitos ruídos”, por isso é necessário cultivar uma “pastoral de escuta, de disponibilidade, de resposta generosa, de compromisso assumido e de fidelidade provada”.
Neste contexto, D. António Luciano alerta para “o problema da ecologia global do planeta e de uma economia que não mate”, expressões do Papa Francisco, que são “discutidas por todos, mas não assumidas numa vida de entrega”.
CB/OC