D. Ilídio Leandro classifica irmãs contemplativas como «trabalhadoras cuidadosas» de um mundo que «precisa de viver valores de verdade»
Viseu, 19 set 2011 (Ecclesia) – O bispo de Viseu elogiou este domingo os “frutos de trabalho” da Ordem da Imaculada Conceição (OIC) na diocese, considerando-a um “oásis de oração” cujos “bens de produção” ultrapassam a lógica atual do “ter e fazer”.
“É a alma que hoje mais precisa de um enorme suplemento, é a atividade espiritual que está a originar um défice profundo de entusiasmo, de esperança, de alegria, de criatividade”, apontou D. Ilídio Leandro, no final de uma cerimónia de homenagem à fundadora da congregação, Santa Beatriz da Silva.
De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a iniciativa decorreu no Centro Sócio-Pastoral de Viseu, integrada nas comemorações dos 500 anos da aprovação da regra daquela instituição religiosa, nascida em Toledo (Espanha).
Depois de ter sido reconhecida oficialmente pela bula “Ad Statum Prosperum”, do Papa Júlio II, a 17 de setembro de 1511, a OIC começou por estender a sua atividade pelo país vizinho e só mais tarde chegou a outras nações e continentes.
Em Portugal, o primeiro mosteiro concepcionista foi erguido na região alentejana de Campo Maior, em 1942, por iniciativa de um grupo de monjas do Mosteiro espanhol de Vilafranca del Bierzo (Leon).
Com um carisma pautado pela vida contemplativa, o serviço aos outros e a devoção a Nossa Senhora, a congregação entrou na diocese de Viseu em 1970, contando atualmente com 11 irmãs com votos solenes, 1 irmã com votos temporários, 3 postulantes e duas noviças.
Segundo D. Ilídio Leandro, elas são “trabalhadoras cuidadosas” de uma vinha de Deus que “umas vezes mais em crise, outras em situação de prosperidade, precisa de realizar critérios e de viver valores de verdade, de justiça, de paz, de amor”.
O prelado acrescentou que as religiosas são também exemplos para uma sociedade onde “os pensamentos e os caminhos dos homens são muito diferentes” daqueles que são propostos por Deus.
Num ano pastoral em que o lema da diocese é passar “da Palavra à Ação”, o bispo pediu aos fiéis para que, apoiados pelo trabalho e pela oração da OIC, se empenhem mais na “transformação do mundo”.
“Todos são chamados a viver, a servir e a contribuir para a missão da Igreja”, salientou, recordando o projeto do Sínodo Diocesano, que está a ser desenvolvido como “uma oportunidade de formação e de ação para o bem comum”.
JCP
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