Viseu: Bispo destaca sentido missionário dos Reis Magos

Viseu, 05 jan 2015 (Ecclesia) – O bispo de Viseu alertou quem vive a fé com “certezas e obrigações a impor” em sentido contrário aos Reis Magos porque na barca que é a Igreja “todos” são “tripulantes”.

 “Com os Magos, somos chamados a procurar a verdade – a Pessoa – que dá sentido à nossa vida, percorrendo a viagem da grande aventura que cumpre a esperança, que segue a luz, que evita a mediocridade, que faz viver a mensagem”, disse D. Ilídio Leandro, na catedral diocesana, este domingo na homilia da Epifania.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado explicou que em Deus “nunca se justificam” guerras, exclusões, ódios, racismos ou domínio de povos ou interesses de qualquer género que “ponham em causa a justiça, o amor a fraternidade, a salvação e a vida de todos”.

O bispo de Viseu assinalou que esta solenidade celebra o “universalismo cristão na ação missionária da Igreja”: “Destina-se a todo o mundo, como anúncio da Boa Nova da justiça, da verdade, do amor”.

“É a globalização do Natal de Jesus e do projeto salvador de Deus”, observou na homilia pedindo que deste Natal fique o “desejo de ir a Belém”.

“O caminho está obstruído e quase escondido com natais desfigurados a esconder o Menino do Presépio”, alertou D. Ilídio Leandro para quem o Natal de Jesus tem “fascínio e atualidade surpreendentes”, prosseguiu.

A Eucaristia na catedral de Viseu foi também um momento de Ação de Graças pelos 50 anos de presença das religiosas Combonianas em Portugal, em Viseu desde 1 de janeiro de 1965.

Atualmente são cerca de 50 as religiosas portuguesas e estão presentes em Viseu, Porto e Lisboa.

Na homilia da Epifania, e neste contexto, o prelado revelou que sempre admirou a vocação missionária “tão parecida com a aventura” dos Reis Magos “inquietos pelo desejo de saber e de encontrar a Verdade que dá sentido à vida”, seja em Belém, Moçambique, Síria, China ou qualquer outro destino.

D. Ilídio Leandro assinalou que no campo oposto existe Herodes e a sua corte onde se incluem “fazedores de tantas escravaturas” que “não têm novidades” a procurar, caminhos a percorrer mas “certezas e obrigações a impor”.

Segundo o bispo de Viseu, para estas pessoas a religião é vivida como “algo que os defende e protege”, é a sua “salvação” e ficam “inquietos” pela possibilidade de “perder poder e privilégios”.

“Tristíssima e muito comum atitude interior de tantos cristãos do nosso tempo”, acrescentou.

CB

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