Viseu: Bispo desafia sacerdotes a refletirem sobre projeto das unidades pastorais «sem preconceitos e dogmatismos»

Tema dominou o programa das jornadas de formação do clero local, no Seminário Maior da diocese

Viseu, 15 jan 2014 (Ecclesia) – As jornadas diocesanas de formação do clero de Viseu, que hoje terminam no Seminário Maior, foram marcadas pela preocupação dos responsáveis católicos renovarem estruturas e estratégias de modo a servirem melhor as comunidades.

Um dos caminhos mais apontados, nos últimos meses, tem sido a adoção do modelo das Unidades Pastorais, hipótese que o bispo da diocese, D. Ilídio Leandro, desafiou os participantes a considerarem “sem preconceitos e dogmatismos”.

O projeto das Unidades Pastorais tem por base a junção de diversas paróquias ou comunidades e permite por exemplo responder a questões como a escassez de padres e de outros elementos indispensáveis à ação católica, nas mais diversas áreas.

No caso da Diocese de Viseu, em estudo está a agregação das 209 paróquias existentes em 17 unidades pastorais.

 D. Ilídio Leandro já sustentou que a atual configuração não está a conseguir “responder eficazmente” às necessidades deste tempo, e deu como exemplo as vertentes da catequese, da pastoral familiar e social, da liturgia e da animação missionária.

Para aprofundar esta temática, as jornadas de formação contaram com a presença de D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, diocese onde o modelo das Unidades Pastorais foi posto em prática em 2012.

A partilha do prelado, em conjunto com o seu vigário episcopal, padre Bento Soares, mostrou que a experiência realizada até agora permitiu comprometer mais os fiéis, os leigos, a colocarem as suas aptidões e capacidades “ao serviço do bem-comum”.

“Fazer este caminho implica que a Igreja seja, ao mesmo tempo, discípula e missionária e que os seus agentes descubram a comunhão de ideias, em vez da liderança individual, a equipa, em vez da centralização das decisões”, apontaram aqueles responsáveis, citados pelo gabinete de comunicação da Diocese de Viseu.

Os dois oradores destacaram ainda o facto das Unidades Pastorais implicarem o abandono de interesses e projetos pessoais: “Todos, desde o bispo aos sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, são chamados a dar a vida para o bem comum, a dar o melhor de si para o sucesso da missão”.

No caso da Diocese de Bragança-Miranda, “muitos dos párocos só se converteram a esta nova forma de trabalhar porque os leigos aderiram plenamente”, confidenciou D. José Cordeiro.

JCP

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