«Que ninguém fique de fora da auscultação desse sentir do que é a Igreja e também daquilo que a Igreja tem que dar ao mundo de hoje» – D. António Luciano
Viseu, 22 fev 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viseu disse esperar que a próxima Quaresma, que se inicia a 2 de março, seja marcada pela “intensidade sinodal”, em resposta ao desafio do Papa, salientando que se vivem “momentos difíceis para a Igreja e para a sociedade”.
“Eu espero que este tempo quaresmal seja um tempo de muito trabalho com intensidade sinodal para podermos depois dar as respostas que nos são pedidas e assim ajudarmos também a Igreja Universal a se reencontrar no seu caminho de amor a Deus e de serviço aos homens”, referiu D. António Luciano à Agência ECCLESIA.
O bispo de Viseu assinalou que, na diocese, estão num momento importante no caminho do Sínodo 2021-2023, as questões estão a ser refletidas pelos grupos, e “é importante que haja um trabalho de base”.
O responsável católico pediu que “ninguém fique de fora da auscultação desse sentir do que é a Igreja e também daquilo que a Igreja tem que dar ao mundo de hoje”.
D. António Luciano acrescentou que “é um trabalho do povo de Deus todo”, onde os sacerdotes têm um “papel muito importante” porque são os “dinamizadores nas comunidades”, como responsáveis e assistentes e agentes da pastoral porque “só assim a Igreja pode realmente encontrar-se, olhar para dentro de si e depois responder também aos problemas de hoje”.
“De modo particular, em momentos difíceis para a Igreja e para a sociedade, queremos ser uma resposta”, afirmou.
A Igreja Católica vai começar a viver um novo tempo litúrgico, a Quaresma, e o bispo de Viseu gostaria que a preparação anual para a Páscoa “marcasse profundamente as vidas, que libertasse o coração dos medos”, das pandemias que são “a indiferença, o individualismo”.
Nós queremos ser uma família em caminho sinodal e levar esta mensagem que tem que começar pela realidade concreta da vida, pelas pequenas comunidades às grandes comunidades, que ninguém fique indiferente e todos nos sintamos comprometidos neste desafio que a Igreja nos vai fazer que é a Quaresma e que a vivamos intensamente centrada no essencial que é o mistério de Cristo”.
Em 2023, para além do Sínodo dos Bispos, vai ser também o ano da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, de 1 a 6 de agosto; a Diocese de Viseu vai receber os dois símbolos deste encontro – a cruz e o ícone mariano – que estão em peregrinação por todo o país, a partir do próximo dia 5 de abril.
“Estamos a empenhar-nos seriamente no acolhimento dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a cruz levantou-se e temos de descobrir Cristo ressuscitado. Que a cruz seja bem-vinda, que abençoe estas terras da Diocese de Viseu”, disse D. António Luciano.
O responsável diocesano espera que “se faça festa, haja alegria, esperança”, e a peregrinação dos ícones marque a vida de cada pessoa para prepararem “verdadeiramente” a JMJ, para acolherem quem vai participar nos ‘Dias na Diocese’ e depois, em Lisboa, serem “sinal de esperança, de uma Igreja renovada, viva e jovem”.
“A Igreja será jovem, quando os jovens fizerem parte da Igreja”, afirmou.
D. António Luciano vai participar a 3 de abril na cerimónia de entrega dos símbolos, na Sé da Guarda.
CB/OC