D. António Luciano presidiu à Eucaristia, realçando que «a peregrinação da Esperança é um sinal visível do amor salvífico de Deus»
Viseu, 24 mar 2025 (Ecclesia) – Os arciprestados da Beira Alta e do Dão, da Diocese de Viseu, realizaram em conjunto, no último domingo, as peregrinações jubilares, inseridas no Ano Santo 2025, com início no Seminário Maior de Viseu rumo à Catedral.
A Banda Filarmónica do Sátão, da Sociedade Filarmónica Lobelhense, a Banda Filarmónica de Vila Cova de Tavares, da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho, e a Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo acompanharam as peregrinações, que culminou com o bispo diocesano a presidir à Eucaristia, informa a Diocese de Viseu.
Na catedral, que foi insuficiente para acolher todos os peregrinos, D. António Luciano destacou que “a peregrinação da Esperança é um sinal visível do amor salvífico de Deus”, testemunho da fé, que “convida os pastores e os fiéis a caminharem juntos, em busca do Reino de Deus, em caminho de bem-aventurança e de misericórdia”.
Segundo o bispo de Viseu, um caminho de renovação espiritual que deve chamar todos aos batizados, tendo presentes “a conversão pessoal e o dom do arrependimento, elementos próprios da peregrinação”.
D. António Luciano deixou também o apelo a que durante a Quaresma cada um possa fazer um caminho espiritual ao procurar Deus, através de pequenos gestos de solidariedade e de amor para com o outro.
“Temos de ser como Jesus, amigos e próximos de todos, sem esquecer ninguém”, sublinhou.
A homilia salientou ainda a renovação da Igreja, em caminho sinodal, com o bispo a defender a cooperação de todos, através de um trabalho conjunto.
“Aqui, com cada um dos arciprestados, somos a expressão da Igreja que o Papa Francisco quer, a Igreja de Jesus Cristo, a anunciar a alegria do Evangelho para que juntos possamos renovar as nossas comunidades”, ressaltou.
O bispo da Diocese de Viseu fez referência ao Dia Cáritas, celebrado no domingo, com o tema “Envolve-te”, no final da sua Semana Nacional, enaltecendo o propósito que tem junto dos mais necessitados da sociedade.
A celebração terminou no Adro da Sé com uma “grande moldura humana a acenar as fitas com as cores do Jubileu, simbolizando a esperança num futuro promissor”, informa o gabinete de informação da Diocese de Viseu.
A celebração contou com a presença dos arciprestes da Beira Alta e do Dão, padres Manuel Clemente e Jorge Gomes, que se mostraram felizes com a envolvência das respetivas paróquias nesta peregrinação conjunta.
Sacerdotes, diáconos, irmandades, acólitos, religiosos, consagrados, movimentos, obras apostólicas, escuteiros e leigos, representantes de instituições sociais, autárquicas e civis também participaram na Eucaristia.
As peregrinações à catedral ficaram marcadas por vários momentos simbólicos, entre eles a distribuição das pagelas com a oração do Jubileu que se fez ouvir na Catedral, a entrega de fitas com as cores jubilares, que coloriram a moldura humana no adro da Sé, e um ofertório feito durante a Eucaristia.
Este era composto por uma caixa de primeiros socorros, sinal de esperança para os doentes; um par de sapatos, símbolo da caminhada conjunta do Jubileu; um tesouro, que simbolizou presentes para os idosos que muitas vezes experimentam a solidão e o abandono; um cesto com alimentos, como sinal de esperança para os pobres; e uma âncora, símbolo da presença firme de Deus mesmo durante as tempestades da vida.
Depois dos arciprestados da Beira Alta e do Dão, no próximo domingo, dia 30 de março, é vez do Arciprestado de Besteiros realizar a peregrinação jubilar, com a concentração agendada para as 15h00, no exterior do Seminário Maior de Viseu.
Meia hora mais tarde, tem início a peregrinação pelas ruas da cidade até à Catedral e, pelas 16h00, o bispo de Viseu preside à Eucaristia.
Com o lema “Jesus chama-te. Experimenta… Ser Peregrino da Esperança”, as peregrinações são uma prática tradicional por ocasião do Jubileu, simbolizando a jornada espiritual dos fiéis em busca de perdão e renovação da fé, explica a Diocese de Viseu.
A Igreja Católica está a viver o Ano Santo 2025 que começou com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, pelo Papa, na noite de 24 de dezembro de 2024, e termina a 6 de janeiro de 2026; o 27.º jubileu ordinário da Igreja foi proclamado por Francisco na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude).
LJ/PR