Viseu: Apoio da Cáritas tem evitado que muitas pessoas «sejam despejadas das suas casas»

Desemprego na região toca todas as classes sociais e faixas etárias

Setúbal, 04 jul 2014 (Ecclesia) – Responder à elevada taxa de desemprego na Diocese de Viseu é a principal preocupação da Cáritas local, que presta atualmente assistência a pessoas “de todas as faixas etárias e grupos sociais”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, António Ramalho, diretor técnico da organização católica, salienta que além do apoio a “grupos transversais, tipicamente carenciados”, o trabalho tem abrangido cada vez mais pessoas da chamada “classe média”.

No plano imediato, a estratégia tem passado pelo fornecimento de “bens materiais” ou pelo “pagamento de rendas, de contas de luz e de água”.

“Em muitos casos, isto tem evitado que as pessoas sejam despejadas das suas casas”, aponta António Ramalho.

O sociólogo chama também a atenção para a importância de outro tipo de trabalho, o psicológico, pois “a perda do emprego não tem a ver só com a perda da condição económica”.

“Tem sobretudo a ver com a perda de identidade social, a pessoa sem trabalho perde relações sociais, perde o seu status e a Cáritas Diocesana de Viseu tem trabalhado com muitos desses grupos, para evitar que as pessoas entrem em processos depressivos, que se vão abaixo”, complementa.

A parte mental é fundamental, reforça António Ramalho, pois só assim as pessoas poderão ter forças para procurar novas alternativas de emprego e “quando surgir uma oportunidade”, estarem “aptas para a agarrar”.

Paralelamente a esta missão, a Cáritas de Viseu tem continuado a aposta no apoio a bairros mais desfavorecidos, às minorias étnicas, a famílias desestruturadas, a crianças e jovens.

A articulação com a Cáritas Portuguesa e também com a autarquia de Viseu, tem tornado possível o desenvolvimento de projetos de prevenção e intervenção em problemas como o abandono escolar, a criminalidade, o alcoolismo e a toxicodependência.

Em causa está o atendimento mensal de “milhares de pessoas”, numa assistência que a Cáritas diocesana sente que é “cada vez mais” necessária.

António Ramalho considera que, em todas as dioceses, este tipo de estruturas católicas “têm sido fundamentais” para um processo de “equilíbrio e harmonização” que tem evitado “males maiores” para a sociedade portuguesa.

HM/JCP

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Agência ECCLESIA

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