Lisboa, 13 set 2011 (Ecclesia) – O número dois da diplomacia do Vaticano denunciou esta segunda-feira os crimes de ódio contra cristãos, durante uma conferência da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) realizada em Roma.
O secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, o arcebispo marroquino Dominique Mamberti, citou a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz de 2011, tendo sublinhado que “os cristãos são, atualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à sua fé”, refere a Rádio Vaticano.
“É incontestável que ocorrem crimes de ódio contra cristãos na região da OSCE”, afirmou por seu lado o diretor do Gabinete para as Instituições Democráticas e Direitos Humanos daquela instituição, Janez Lenarčič, durante o encontro dedicado à discussão de formas de combate a crimes de ódio contra cristãos.
O site do organismo presidido este ano pela Lituânia, que cita as declarações do responsável eslovaco, acrescenta que se têm registado casos de profanação de lugares de culto, fogo posto e outros prejuízos, além de agressões a crentes e líderes religiosos.
“Esses ataques instilam medo, não apenas nas pessoas diretamente visadas mas também na comunidade mais larga, particularmente onde a comunidade cristã em questão pertence a uma minoria”, acrescentou Lenarčič.
A cimeira, inaugurada com um discurso do metropolita cristão ortodoxo Hilarion de Volokomansk, de Moscovo, contou com a presença de 150 representantes dos 56 estados da OSCE, da qual Portugal faz parte, além de delegados de comunidades religiosas e organizações não governamentais.
O italiano Lamberto Zannier, secretário-geral da organização que inclui países da Ásia Central e América do Norte, destacou as ameaças à segurança colocadas pelos crimes de ódio e salientou a importância da recolha de informação relacionada com essas formas de violência nos estados membros da OSCE.
RM