Vila Real, 19 out 2011 (Ecclesia) – O vigário geral de Vila Real afirmou hoje que o padre Fernando Santos Guerra, condenado hoje a uma pena de três anos de prisão com pena suspensa, cometeu uma “falha grave” ao deter a posse de armas proibidas.
O padre António Castro Fontes considera que a sentença judicial foi “demasiado forte”, mas admite não ter acompanhado “de perto” o processo.
Fernando Santos Guerra, pároco de Covas do Barroso, Boticas, possuía seis armas, cerca de 800 munições de diferentes calibres, um engenho explosivo e uma mira telescópica na residência paroquial.
“Não se tolera um padre ter seis armas em casa. É demasiado”, referiu o vigário geral da diocese transmontana.
O padre Fernando Santos Guerra foi detido a 29 de outubro de 2009 na sacristia da igreja de Covas do Barroso pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Chaves por suspeitas de posse de armas proibidas.
O sacerdote foi hoje condenado pelo tribunal de Boticas a três anos de prisão com pena suspensa e ainda ao pagamento de uma multa de 1000 euros, a entregar aos bombeiros locais.
À saída do tribunal, o pároco afirmou aos jornalistas que “aceita” a sentença e que a sua credibilidade não sairá prejudicada por entender que, sendo caçador, é “normal” ter armas em casa.
Lusa/OC