Vila Real: Plano Pastoral 2024/2025 prioriza renovação de comunidades em estilo sinodal

D. António Augusto Azevedo defende que é necessário ousar uma pastoral mais «aberta, acolhedora, feita a partir de um trabalho conjunto envolvendo as várias aldeias, grupos e instituições»

Foto: Diocese de Vila Real

Vila Real, 21 ago 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Vila Real assume como prioridades, no plano pastoral 2024/2025, a renovação das comunidades em espírito sinodal, orientando-as no sentido da missão” e a revitalização da liturgia.

“Caminhar juntos, renovar a esperança” é o tema geral do segundo ano deste triénio, cuja orientação específica é ‘Corresponsáveis ao serviço da missão’.

“A Igreja presente nesta região, apesar da diversidade de contextos, é desafiada a uma renovação comunitário em estilo sinodal. Nas aldeias mais despovoadas e isoladas, tal como nas vilas e cidades, essa renovação supõe em primeiro lugar o desenvolver do sentido de pertença à comunidade e o aprofundar do papel dos leigos”, afirmou o bispo diocesano, no documento partilhado.

D. António Augusto Azevedo defende que é “fundamental reforçar as estruturas de participação” para que as “comunidades sejam mais eficazmente evangelizadoras (e evangelizadas)”, destacando “o pleno funcionamento (ou criação) dos conselhos pastorais e económicos” como uma forma de dinamização.

É necessário ousar uma pastoral mais aberta, acolhedora, feita a partir de um trabalho conjunto envolvendo as várias aldeias, grupos e instituições que fazem parte da mesma paróquia. É imperioso, no presente e no futuro, fomentar uma pastoral mais interparoquial e valorizar as iniciativas da cariz arciprestal. Para a sua renovação e dinamismo, a Igreja precisa de ser mais colaborativa e sinodal”.

O plano pastoral dá também primazia à revitalização da liturgia comunitária, já que “a celebração dominical foi e será sempre o centro da vida da Igreja porque é a celebração da Páscoa de Cristo”.

“Para favorecer uma liturgia mais bela, digna e significativa, é necessário promover uma maior participação dos laical e valorizar os vários ministérios que servem a liturgia”, indica D. António Augusto Azevedo.

Na apresentação do documento, o bispo diocesano realça que o lema deste ano pastoral confirma o propósito de “uma Igreja diocesana que procura fazer caminho em conjunto, unida na mesma fé e no mesmo espírito, com a consciência de que esse é o modo mais autêntico” de ser “Igreja de Jesus”.

“Caminhar juntos é indispensável para mantermos bem viva a esperança numa Igreja renovada, capaz de cumprir a missão nos tempos de hoje”, sublinha.

“Corresponsáveis ao serviço da missão” é a orientação específica para o próximo ano.

De acordo com o bispo de Vila Real, “a corresponsabilidade, uma das grandes novidades do Concílio Vaticano II é uma dimensão fundamental para que a Igreja de hoje possa ser mais viva e dinâmica”.

“Todos, clérigos e leigos, homens e mulheres, jovens e adultos, são chamados a assumir o seu lugar na comunidade cristã, a trabalhar em conjunto, segundo as suas capacidades, para que ela possa estar à altura da missão que Deus lhe confiou”, assinalou.

“De facto, como incansavelmente proclama o Papa Francisco, todos têm lugar na Igreja, todos são chamados a participar, todos têm algo a realizar tendo em vista o bem da comunidade e o serviço à missão”, acrescentou o bispo.

Na mensagem, D. António Augusto Azevedo evoca o Ano jubilar 2025, cuja abertura em Roma (Itália) acontece a 24 de dezembro e nas dioceses a 29 de dezembro.

O bispo diocesano lembra que “além dos habituais sinais jubilares como peregrinações, oração, reconciliação e indulgência jubilar, este ano destacará a celebração dos 1700 anos do Concílio de Niceia em que foi estabelecido o Credo, símbolo da nossa fé”.

Além disso, D. António Augusto de Azevedo evoca a Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que se realiza em outubro, e da qual “resultará um documento conclusivo, seguindo-se, algum tempo depois, a habitual exortação pós-sinodal” do Papa.

“Serão passos decisivos para o futuro da Igreja, que acompanharemos com a nossa oração e com a disponibilidade para pormos em prática as orientações que resultarem deste caminho sinodal da Igreja”, assinala.

O bispo refere que ano pastoral se inicia com a peregrinação diocesana a Fátima, no dia 5 de outubro, “em sinal de ação de graças a Maria pela celebração do centenário” da diocese.

“Renovo o convite para a participação de todos de forma a que, com a proteção da Mãe de Deus e da Nossa mãe, o próximo ano pastoral seja repleto de bênçãos e graças”, conclui.

LJ/OC

 

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Agência ECCLESIA

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