Homenagem ao P. José Afonso Moreira incluiu celebração presidida pelo Bispo do Huambo e inauguração de memorial Foi na noite de 8 de Fevereiro de 2006, no Bailundo – Huambo. O P. José Afonso Moreira, espiritano, foi brutalmente assassinado depois de 55 anos de Missão em Angola. A notícia correu e consternou, uma vez que o P. Moreira aguentou com o povo toda a guerra, sempre em circunstâncias de muito risco e acabou por ser morto em tempo de paz. A sua terra natal quis prestar-lhe uma homenagem e, a 30 de Setembro, todos os caminhos de Vila Real foram dar a Fortunho. A Eucaristia, ao ar livre, na Praça que ficará com o seu nome (Largo Padre Moreira), foi presidida por D. José Queirós Alves, Arcebispo do Huambo, diocese onde o P. Moreira sempre trabalhou. As palavras da homilia foram de homenagem a este homem que sempre ficou quando outros partiram e que deu tudo pelo povo e pela Missão, até á última gota de sangue. D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real, cortou a fita na inauguração do Memorial feito por artistas locais e que retrata a vida do P. Moreira. Assim se deu início a uma sessão solene, com a presença de autoridades religiosas e civis. D. António Montes Moreira, Bispo de Bragança-Miranda, elogiou a coragem missionária deste seu primo ‘mártir’. O P. Eduardo Miranda, veio de Roma para representar os Espiritanos ao mais alto nível, e falou da ‘provocação’ que este ‘mártir’ nos faz e evocou muitos momentos e conversas do tempo em que era Provincial de Portugal. O P. José Manuel Sabença, Provincial dos Espiritanos, agradeceu à família e á terra o dom do P. Moreira à Igreja e à Congregação e pediu que o seu sangue derramado fosse fermento de novas vocações. As autoridades civis também não faltaram a esta homenagem. O Presidente da Junta de S. Tomé do Castelo, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real e o Governador Civil usaram da palavra para prestar homenagem ao P. Moreira e congratular-se com a família pela iniciativa desta homenagem, perpetuada com o nome do Largo, com o Memorial e com um livro que explica os 15 painéis de baixo-relevo. O Dr. Armando Moreira, em nome da família, agradeceu a presença de tantas pessoas e mostrou a honra de terem o P. José como alguém que deu a vida toda por um causa: a da Missão e do serviço aos mais pobres. Este Memorial ‘pretende perpetuar não apenas o nome do Missionário como também a acção missionária da Congregação do Espírito Santo em Angola, às quais ele se doou, para sempre’. Tony Neves