Vila Real: «Há grande negligência» em propor a vocação sacerdotal, alerta bispo diocesano

D. Amândio Tomás apela à «generosidade» na ajuda à formação dos seminaristas

Vila Real, 13 nov 2015 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real quer que “se insista no recrutamento” de vocações ao sacerdócio que não exista “medo de abordar” adolescentes e jovens, se sensibilize pais e paroquianos e, sobretudo, motive os párocos.

“Somos tão pobres, que até parece que teimamos em sermos cada vez mais pobres de gente e de meios, deixando de apostar, nas Vocações e no Seminário. Temos pouca população, escassa juventude, mas é verdade que há grande negligência em chamar os jovens, em os motivar, acompanhar, sensibilizar e motivar para a adesão a Deus”, escreveu D. Amândio Tomás num acarta enviada à diocese.

No contexto da Semana dos Seminários, que termina este domingo, o bispo de Vila Real apela que se insista no recrutamento de vocações ao sacerdócio e pede que se haja sensibilização de pais e paroquianos e, “sobretudo”, se motive os párocos.

“Não ter medo de abordar os adolescentes e jovens, falando do projeto vocacional”, observa.

Na missiva publicada no sítio online da Diocese de Vila Real, o seu bispo contabiliza que “hoje só” têm 17 seminaristas, no seminário menor, e 11 seminaristas maiores dos quais sete frequentam estudam Filosofia e Teologia no núcleo regional do Porto, da Universidade Católica Portuguesa.

“Os outros quatro seminaristas maiores são estagiários bem inseridos nas comunidades diocesanas. Três são já acólitos e o outro é diácono”, explica.

Segundo D. Amândio Tomás o seminário serve os jovens que “sentem o apelo de se darem” e mesmo que não sigam para o sacerdócio “lucram esperança, valores e objetivos na vida”.

Neste contexto, para além da oração pelos seminários, “absolutamente necessária”, o bispo de Vila Real apela que “ninguém falte com a generosidade de ajudar os jovens a estudar”.

“Uma bolsa de estudos custa 350 euros mensais o que corresponde, por ano, a 3500 euros”, acrescenta.

O bispo diocesano destaca que o padre “é porta-voz, arauto e executor da misericórdia de Deus”, por isso, assinala que “não pode, nem deve usar as armas que o mundo usa”: “Não pode ceder ao ódio e à vingança, mas, deve ser conciliador, pontífice, mediador, construtor da paz e misericordioso, dando exemplo, perdoando”.

“O sacerdote é porta-voz, arauto e executor da Misericórdia de Deus. É eleito, pela misericórdia e predileção de Deus, e instrumento, que empresta a Cristo o gesto, a palavra e a visibilidade”, desenvolve D. Amândio Tomás.

A Semana dos Seminários 2015 tem como tema ‘Olhou-nos com misericórdia’ e termina este domingo, dia 15 de novembro.

CB

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