Vila Real: Diocese publica Plano Pastoral 2025-2026, cujo ano «será fortemente marcado pela implementação das orientações do Sínodo sobre a sinodalidade»

«Partilha uma esperança viva» é o tema para o próximo ano

Foto Agência ECCLESIA/PR

Vila Real, 24 jul 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Vila Real publicou esta quarta-feira o Plano Pastoral 2025-2026, com lema “Partilhar uma esperança viva”, apontando como prioridade a prática sinodal nas comunidades.

“O novo ano pastoral será fortemente marcado pela implementação das orientações do sínodo sobre a sinodalidade. As conclusões que constam do Documento Final, apresentadas pelo Papa Francisco como ensinamento do magistério, constituirão a base para a reflexão e ação das igrejas locais”, pode ler-se no documento enviado à Agência ECCLESIA.

A Diocese de Vila Real salienta que, “além dos encontros a nível diocesano, seria desejável que nos arciprestados e nas paróquias ou conjunto de paróquias, outras comunidades e instituições se realizassem assembleias sinodais tendentes a concretizar algumas das intuições e sugestões do sínodo”.

“Serão experiências que fortalecerão o sentido de Igreja e promoverão processos de renovação aos vários níveis”, realça.

Segundo o Plano Pastoral, a primeira prioridade proposta a todos “é a de fomentar o crescimento do espírito sinodal, traduzindo em processos e práticas verdadeiramente sinodais”.

“Esta é a atitude que se pede e deseja para a Igreja do nosso tempo. Uma Igreja capaz de escutar, cultivando o diálogo e o encontro, fortalecendo o espírito de comunhão e unidade no seio das comunidades e instituições e no sentido de partilha e entreajuda entre si”, assinala a diocese.

A Diocese de Vila Real realça que “nos arciprestados e paróquias, nos vários grupos, movimentos e instituições eclesiais, é fundamental fomentar este espírito que precisa de se concretizar em práticas autenticamente sinodais”.

Tendo a renovação sinodal “como pressuposto essencial uma maior participação de leigos”, a Diocese de Vila Real destaca que “nesse sentido importa estimular e reforçar o envolvimento dos mais jovens e das famílias na vida das comunidades”.

“E, sendo verdade que muitas delas estão envelhecidas, torna-se necessária uma maior atenção ao acolhimento e acompanhamento de crianças e jovens, sem deixar de cuidar dos mais idosos, dos frágeis, dos que vivem sós”, lê-se no documento.

O Plano Pastoral 2025-2026 inclui também a proposta de “cultivar a caridade como expressão da esperança”, lembrando que “um dos aspetos referidos na Bula de proclamação do ano jubilar era o da necessidade de levar sinais de esperança a alguns grupos mais desfavorecidos”.

“A esperança cristã não se refugia em utopias ou proclamações abstratas mas tende a concretizar-se em sinais concretos de caridade e amor ao próximo. Nesse sentido, importa reforçar a identidade cristã da rede de instituições do setor social: Misericórdias, Centros Sociais Paroquiais, Patronatos e Fundações e outro tipo de associações de matriz cristã”, indica o texto.

Por outro lado, a Diocese de Vila Real refere que “nas comunidades paroquiais será oportunidade de reativar ou criar grupos ligados à caridade (Conferências de São vicente de Paulo, Grupos Cáritas e outros)”.

“As propostas e prioridades, apresentadas neste Plano Pastoral representam uma ajuda para um maior dinamismo e renovação da vida das comunidades cristãs. Representam também um grande sinal de comunhão, unidade e partilha pastoral, no fundo uma expressão do espírito sinodal que gostaríamos de ver crescer em todos os âmbitos da vida diocesana”, menciona.

O ano pastoral 2025-26, que completa o triénio inspirado pelo lema “Caminhar juntos, renovar a esperança”, será dedicado ao tema “Partilhar uma esperança viva”.

“De facto, a esperança que anima os cristãos é uma esperança forte, fundada na Páscoa de Jesus Cristo, e por isso uma esperança que não morre nem desilude. Uma esperança que recebemos de Deus pelo dom do seu Espírito e que nos une uns aos outros”, sublinha o documento.

“Uma esperança forte e resistente, capaz de vencer todas as contrariedades e de não se deixar abater pelos sofrimentos. Até ao final do Ano Jubilar, somos chamados a partilhar essa esperança, de modo particular com todos os que dela mais carecem: os pobres, os doentes, reclusos, migrantes”, completa.

LJ

Partilhar:
Scroll to Top