Cerimónia foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins
Vila Real, 21 abr 2016 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real considera que o órgão sinfónico da Sé, benzido e inaugurado esta quarta-feira, torna a diocese “mais rica” porque “vai valorizar imenso a liturgia”.
Quando aquela diocese transmontana completa 94 anos de existência, D. Amândio Tomás referiu à Agência ECCLESIA que aquele “instrumento precioso” eleva “os cristãos até Deus” e permite “a ascensão do espírito aos valores eternos”.
Aquele órgão “é um encanto”, mas no futuro é necessário “educar jovens que saibam tirar rendimento” deste instrumento, frisou o prelado de Vila Real.
Para além da vertente litúrgica, a Sé de Vila Real passa a ser também um polo cultural através da realização de concertos.
“O órgão é o instrumento por excelência da liturgia e da polifonia”, referiu o prelado.
A celebração de inauguração do órgão sinfónico da Sé de Vila Real foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação dos Santos, que referiu que a “música e liturgia são inseparáveis”.
Um órgão desta natureza “ajuda a perceber o sentido da liturgia” e tem “um significado eclesial”, afirmou o cardeal à Agência ECCLESIA.
Ao longo da história, o órgão tem sido “o centro das catedrais” e era uma lacuna a Sé de Vila Real “não ter um órgão”.
Após a celebração da bênção realizou-se um concerto pelo organista titular, Giampaolo Di Rosa, com obras de Pedro Araújo, Johann Sebastian Bach, Ferenc Liszt e do referido maestro.
“O órgão é o rei de todos os instrumentos” porque “nele estão reunidos todos os outros que estão numa orquestra”, sublinhou Giampaolo Di Rosa.
No âmbito litúrgico e sacro este instrumento assume “um papel fundamental”, frisou o organista titular deste órgão e também da Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma (Itália).
Para monsenhor Agostinho Borges, reitor da Igreja de Santo dos Portugueses e um dos principais mentores deste projeto, uma “catedral sem órgão é uma catedral incompleta”.
Depois de ultrapassadas “muitas dificuldades”, monsenhor Agostinho Borges realça que a obra nasceu e, agora, a Sé de Vila Real tem “outra beleza”.
LFS