Vila Real: Diocese afasta sacerdote residente no território

Lista entregue pela Comissão Independente incluía outros dois casos, já tratados, que levaram a pena de suspensão e a dispensa do ministério sacerdotal

Foto Agência ECCLESIA/PR

Vila Real, 14 mar 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Vila Real anunciou hoje ter recebido, da Comissão Independente (CI), uma lista com três nomes, dois casos já tratados e um padre residente no território, agora afastado da “colaboração pastoral”.

“Dois nomes reportam-se a casos já conhecidos publicamente e que tiveram, em devido tempo, o adequado tratamento civil e canónico tendo como resultado uma pena de suspensão e a dispensa do ministério”, indica a nota enviada à Agência ECCLESIA.

O terceiro nome refere-se a um sacerdote incardinado noutra diocese, que já foi informada do caso e “a quem compete tomar as medidas canónicas adequadas”.

“De imediato o sacerdote foi afastado por esta Diocese de Vila Real, onde reside, de toda a colaboração pastoral até a situação estar clarificada. O caso vai ser comunicado ao Ministério Público”, acrescenta o comunicado.

O esclarecimento surge na sequência da entrega de uma lista, pela CI, aos responsáveis católicos de Portugal, a 3 de março, em Fátima, com nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos pelo relatório final desta comissão, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro.

A Conferência Episcopal Portuguesa determinou, na sua última assembleia plenária extraordinária, que as Comissões Diocesanas sejam constituídas apenas por leigos “competentes nas mais diversas áreas de atuação”.

A Diocese de Vila Real anuncia que o seu bispo, D. António Augusto Azevedo, decidiu “reforçar a Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis com mais pessoas de reconhecida competência”, face ao atual contexto, “em que se torna indispensável dar uma resposta mais eficaz ao drama dos abusos”.

“Com a colaboração desta comissão que passará a ser dirigida por leigos, a diocese pretende alargar as modalidades concretas de escuta e de apoio às vítimas. A comissão deverá ainda elaborar um plano de ação e um manual de boas práticas que favoreçam uma cultura de cuidado e respeito pelos menores e pessoas vulneráveis”, conclui a nota.

OC

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