Vila Real: D. António Augusto pede Natal «mais espiritual», «com mais vida», «interioridade» e «pessoas»

«Apesar das limitações a respeitar, dos cuidados a não esquecer e até de algumas carências, seja uma oportunidade para saborear o verdadeiro sentido cristão»

Foto: António Carvalho

Vila Real, 12 dez 2020 (Ecclesia – O bispo de Vila Real pediu aos diocesanos que vivam um Natal mais “espiritual”, “com menos plástico e mais vida”, com “menos exterioridade e mais interioridade”, “menos centrado nas coisas e mais nas pessoas”.

“Todas as famílias da diocese são convidadas a viver este Natal de modo mais espiritual. Apesar das limitações a respeitar, dos cuidados a não esquecer e até de algumas carências, seja uma oportunidade para saborear o verdadeiro sentido cristão desta festa”, escreveu D. António Augusto Azevedo na mensagem de Natal, enviada à Agência ECCLESIA.

“Que seja um Natal com menos plástico e mais vida, com menos exterioridade e mais interioridade, com menos aparências ou futilidades e mais gestos autênticos, menos centrado nas coisas e mais nas pessoas. Um Natal com menos iluminações, mas onde brilha mais forte a Luz do presépio, aquela cujo brilho não se extingue. Um Natal em que Cristo está presente”, pode ler-se na mensagem intitulada «Natal, a luz que brilha no meio das trevas».

O bispo de Vila Real pede “aos amados diocesanos” que celebrem o Natal “com mais fé e esperança, abrindo o coração à grande luz que é Jesus Cristo”, neste tempo marcado pela pandemia.

Num tempo marcado pela “angústia”, pela “tristeza” nas famílias que passam por dificuldades”, indica D. António Augusto a importância da “ajuda” mútua, “para que o Natal seja mais fraterno, próprio de irmãos que pertencem à mesma família humana e habitam o mesmo planeta”, a “casa comum”.

“Como sinal desta vivência mais cristã do Natal, exorto cada família a iniciar a sua ceia da consoada com um momento de oração”, pede o responsável.

D. António Augusto Azevedo lembra as famílias que perderam “entes queridos, vítimas da Covid-19 ou outra doença”, assim como os que não podem estar juntos.

“Manifesto a minha solidariedade para com os doentes e os idosos, sobretudo os que estão nos lares dos nossos Centros Sociais Paroquiais, Misericórdias ou de outras instituições. A todos eles, aos seus cuidadores e familiares, asseguro que estão sempre no nosso pensamento e que o Deus-Menino nunca os abandona”, sustenta.

Aos jovens, o bispo de Real, lembra que “Jesus é a grande estrela que há-de continuar a guiar o caminho” e aos emigrantes deseja a “companhia do Senhor”.

“A ajuda divina podemos descobri-la junto do presépio, contemplando a figura do Menino Jesus. Aí percebemos melhor que aquela criança é a imagem mais expressiva de um Deus que se fez próximo e assumiu as fragilidades da condição humana”, sustenta.

LS

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