Vila Real: D. António Augusto Azevedo saúda «celebrações públicas» em tempo pascal e pede «comportamento exemplar» aos diocesanos

Tal como no anterior desconfinamento em que «deram provas de uma boa capacidade de organização», bispo diocesano pede «responsabilidade» aos cristãos

Fotos: Agência ECCLESIA

Vila Real, 20 mar 2021 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real escreveu uma nota aos diocesanos onde pede o cumprimento das orientações da Conferência Episcopal portuguesa e as recomendações das autoridades sanitárias na “reabertura do culto público”.

“No anterior desconfinamento as comunidades deram provas de uma boa capacidade de organização e os cristãos mostraram um comportamento exemplar. Desta vez é necessário manter todos os cuidados e agir com responsabilidade para não contribuir para o agravamento da situação pandémica”, escreve D. António Augusto Azevedo, numa nota pastoral enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O responsável manifesta “ pela reabertura das celebrações da fé à participação dos fiéis” e a possibilidade de “celebrar a Páscoa em comunidade, depois da experiência tão dolorosa do último ano em que tal não foi possível”.

D. António Augusto Azevedo pede que se evite “qualquer forma de aglomeração de pessoas”, de forma a prevenir riscos e sublinha que são de evitar procissões, visitas pascais e a saída da cruz em tempo pascal.

“Apesar da quadra pascal ser rica de tradições, este ano «evitar-se-ão procissões e outras expressões de piedade popular, como as visitas pascais e a saída simbólica de cruzes»”, escreve.

O responsável convida os diocesanos a uma “forte vivência pascal, este ano com menos expressões exteriores mas enriquecida pela oração pessoal e familiar”.

“Dado não ser possível a realização da Visita Pascal, sugere-se que no domingo de Páscoa os sinos toquem festivamente ao meio-dia e que as famílias façam uma oração à volta da mesa, tendo uma cruz no centro.

Aos padres, o bispo recomenda “os maiores cuidados em termos sanitários” na celebração do sacramento da reconciliação, e pede tempo para o atendimento “aos penitentes”, sendo desaconselhadas “celebrações com muitas pessoas”.

D. António indica que a catequese presencial deverá ter início após a Páscoa, “tendo em conta a reabertura progressiva das escolas nos vários ciclos” e que devem ser respeitadas as “«Orientações para a catequese em tempos de pandemia», do Secretariado Nacional da Educação Cristã”, devendo ser ponderada a realização de atividades pastorais em vias digitais.

O bispo de Vila Real pede ainda “reforço das expressões de caridade” individual e através das instituições eclesiais “na «linha da frente» solidária: Cáritas, Centros Sociais Paroquiais, Misericórdias e outras IPSS’s”, solicitando também reforço de laços de “unidade, comunhão e fraternidade”.

“Na fase difícil que estamos a viver e que ainda se prolongará é necessário dar mais atenção e apoio humano e espiritual às pessoas mais marcadas pela doença, pela solidão ou outro tipo de problemas”, explica.

O responsável lembra também os doentes, e reconhece o trabalho dos “cuidadores, quer estejam nos hospitais, nas instituições ou em casa”, encorajando ainda “os trabalhadores e aos empresários em maiores dificuldades” e deixando “uma palavra de conforto às famílias enlutadas”.

LS

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Agência ECCLESIA

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