Vila Real: D. Amândio Tomás comemora 50 anos de ordenação sacerdotal

Aniversário celebrado com Eucaristia, esta terça-feira, na Sé da diocese natal do bispo

Vila Real, 14 ago 2017 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real celebra esta terça-feira 50 anos de ordenação presbiteral na sua diocese natal, que serve como bispo desde 2011 com uma aposta na cultura e na evangelização, que envolve todos os fiéis no anúncio do Evangelho.

“Tento fazer o melhor, apostar na evangelização, no envolvimento dos leigos, dos jovens para que a Igreja não apareça como uma obra só de bispos e de padres. Todos são chamados a dar quota-parte na divulgação do Evangelho”, disse D. Amândio Tomás, em declarações à Agência ECCLESIA.

O bispo de Vila Real recorda que escolheu como lema da ordenação sacerdotal, a 17 de agosto de 1967, a frase “Deus e as almas”, de Santa Teresinha do Menino Jesus, e para o episcopado “Cristo fonte vida e esperança”.

“Temos de apostar na comunicação do Evangelho de Jesus Cristo. Fazer que todos conheçam Jesus. É isso que tento fazer nos vários programas pastorais”, acrescenta, na entrevista que vai ser transmitida esta terça-feira, a partir das 15h00, no programa 'Ecclesia', na RTP2.

Neste contexto, explica vão centrar atenções nas vocações e nos jovens, no âmbito do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, em outubro de 2018, que após três anos dedicados à família.

D. Amândio Tomás realça ainda que, no contexto do Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima, lançou um repto para conquistar os jovens, as pessoas, novos ministros de ação pastoral, “para difundir o Evangelho de Jesus Cristo”.

A cultura é também uma aposta do bispo de Vila Real desde que assumiu a liderança da diocese, a 17 de maio de 2011.

A mais recente expressão da aposta cultural é o órgão de tubos na Sé, que foi benzido e inaugurado a 20 de abril 2016 e tem como organista titular o italiano Giampaolo Di Rosa.

“Temos apostado nisso”, assinala o entrevistado, constatando que são “pobres de pessoas, de meios económicos, de gente” porque a região que está a desertificar-se, “um problema de todo o interior” de Portugal.

Para D. Amândio Tomás a diocese onde nasceu, numa aldeia perto de Chaves, precisa de jovens formados não só na área da música mas noutras também como Comunicação ou Teologia Moral.

“Temos poucas pessoas, pouco dinheiro mas não há que desanimar. É preciso fazer o que pudermos para deixarmos aos outros um mundo melhor”, desenvolve o bispo de Vila Real.

As bodas de ouro de ordenação presbiteral de D. Amândio Tomás vão ser celebradas com uma Eucaristia, esta terça-feira às 18h00, na Sé.

O programa das comemorações começa hoje com uma vigília de oração às 21h00 na Sé; Dia 18, a diocese vai assisitir a um concerto no órgão sinfónico da Sé de Vila Real, com o organista dinamarquês Jakob Lorentzen, a partir das 21h00.

D. Amândio Tomás nasceu em Cimo de Vila da Castanheira (Chaves), em 23 de abril de 1943, e é o mais velho de cinco irmãos.

De 1955 a 1967, frequentou e concluiu os estudos de Humanidades, Filosofia e Teologia, no Seminário Diocesano de Vila Real; Depois da ordenação em 1967 foi estudar para a Universidade Gregoriana em Roma e licenciou-se em Teologia Dogmática, regressando a Portugal.

Em 1976, volta para Roma e licenciou-se em Ciências Bíblicas, em 1980, no Pontifício Instituto Bíblico, sendo nesse ano nomeado Vice-Reitor do Colégio Pontifício Português, passando a reitor dois anos depois.

Em outubro de 2001, foi nomeado bispo por João Paulo II, assumindo funções de auxiliar na Arquidiocese de Évora; a 8 de janeiro de 2008 foi escolhido como coadjutor da Diocese de Vila Real, por Bento XVI.

PR/CB/OC

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