D. António Augusto Azevedo fala em «grande sinal» para o país
Vila Real, 13 dez 2020 (Ecclesia) – A Catedral de Vila Real recebeu hoje a cerimónia de partilha da ‘Luz da Paz de Belém’, promovida pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE), que o bispo local considerou como “grande sinal” para que o Natal “tenha mais luz”.
D. António Augusto Azevedo presidiu à Missa, com transmissão online, perante representações das várias regiões escutistas, que correspondem às dioceses portuguesas.
Na sua homilia, o bispo de Vila Real sustentou que esta celebração de acolhimento da Luz da Paz em Portugal, e a sua partilha por todas as dioceses, simboliza “uma autêntica vivência cristã do Natal”.
“O Natal é, de facto, a grande festa da luz, a luz verdadeira, nascida em Belém para iluminar a todos”, declarou.
O responsável católico deixou aos presentes o desafio de “levar a esperança” num “inédito” contexto de pandemia, que trouxe “angústia a muitos corações e tristeza a muitas famílias”
Para o bispo de Vila Real, os católicos devem ser “testemunhas da luz”, num tempo de “notícias falsas” e falta de veracidade.
“Partilhar esta luz é um gesto fraterno, próprio de quem sabe, como Jesus nos ensinou, que a luz não é para guardar nem se esconder”, acrescentou.
D. António Augusto Azevedo elogiou ainda os “sinais promissores” que surgem nas novas gerações, com jovens que assume a sua fé, sem medo, bem como o papel educativo do Escutismo.
O CNE informa que a ‘Luz da Paz de Belém’ foi recolhida na gruta da Natividade, no dia 16 de novembro, e, por causa da pandemia, esta iniciativa também está a ser adaptada “um pouco por todo o mundo”.
Maria Khoury, uma jovem de Belém, entregou a ‘Luz da Paz de Belém’ à companhia aérea Austrian Airlines que transportou até à Áustria e a cerimónia internacional de partilha, este sábado, em Salzburgo, decorreu online.
Em Portugal, a ‘Luz da Paz de Belém’ vai manter-se permanentemente acesa na Paróquia de Mateus, na Diocese de Vila Real.
‘Unidos na Luz, unidos na esperança’ é o tema que os escuteiros de todo o país vão viver, promovendo a “partilha e multiplicação pelos hospitais, instituições e comunidades” desta luz.
“Somos desafiados a celebrar, em especial neste Natal, com gestos de partilha, amor, paz e alegria”, destaca o CNE.
A partilha da ‘Luz da Paz de Belém’ envolve cerca de 72 mil escuteiros – em cerca de 1000 agrupamentos em todo o território nacional, Suíça e Macau -, para além das suas comunidades.
Esta iniciativa começou em 1986, pela ‘Austrian Broadcasting Company’, como parte de uma atividade de caridade para crianças em dificuldades na Áustria e em países vizinhos e, desde 1989, tem sido realizada em cooperação entre Escuteiros e Guias de inúmeros países, o que permite que a ‘Luz da Paz de Belém’ seja partilhada “pela Europa e fora dela, ganhando um âmbito mundial”.
CB/OC