Organização apela à intervenção do Governo
Vila Real, 28 set 2011 (Ecclesia) – A Caritas de Vila Real corrobora o aviso que os padres da região da região do Douro divulgaram esta semana a propósito da situação difícil dos viticultores, num comunicado onde pediam a intervenção do Governo.
A instituição de apoio social da Igreja Católica “associa-se ao apelo dos párocos dos concelhos da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio que quiseram alertar as autoridades para a situação extremamente precária de algumas adegas cooperativas”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
Depois de salientar que o vinho do Douro “constitui um verdadeiro património cultural”, o texto com data de 26 de setembro frisa que essa “história milenar não pode ser reduzida à uma lógica meramente contabilística e financeira”, pelo que “é preciso passar dos balancetes aos homens”.
Para cuidar da “centralidade da pessoa humana, o Estado pode ser legitimamente chamado a intervir”, acentua a Caritas, que apoia a posição dos párocos da diocese do interior norte, a 400 km de Lisboa.
O Estado, sublinharam os sacerdotes, “não pode ser um mero espectador na livre competição entre grandes e pequenos”, devendo “não só ser árbitro, mas também intervir por si ou por meio de instituições intermédias, apoiando os mais fracos e desprotegidos”.
RJM