D. António Augusto Azevedo pretende «renovação de um maior compromisso comunitário»
Vila Real, 16 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real vai iniciar as visitas pastorais ao território diocesano, em janeiro de 2020, num trabalho que visa compreender “as prioridades da própria Igreja” local.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. António Augusto Azevedo, que chegou ao território em 2019, explicou que “é preciso empreender” uma “conversão missionária” e é nesse espírito que vai iniciar as visitas pastorais à diocese no próximo mês.
“Na linha que o Papa Francisco tem desafiado a Igreja, a renovação de um maior compromisso comunitário, de precisarmos de uma conversão pastoral, que as nossas comunidades se convertam, todas as estruturas da Igrejas se convertam à missão”, afirmou.
Na certeza que este contacto será “muito bom para todos”, o bispo de Vila Real assinala que a visita pastoral tem uma “história muito rica da vida da Igreja”, sobretudo, em “confirmar a fé das pessoas, da comunidade, e também de animar, de certo modo incentivá-las”, a sentirem-se Igreja.
“A visita pastoral é sempre um momento de festa, de encontro, de proximidade com muitas virtualidades pastorais”, destacou, sobre uma das “experiências mais bonitas e ricas da vida da Igreja”, de uma “proximidade muito importante” a cada comunidade, ao clero, aos leigos.
D. António Augusto Azevedo vai começar “muito bem inspirado” na experiência de São Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), arcebispo de Braga quando compreendia territórios das atuais Dioceses de Viana do Castelo, Vila Real e Bragança-Miranda, que “encontrou nas visitas um modo “muito útil, um meio para promover a renovação pastoral”.
O Papa Francisco nomeou D. António Augusto Azevedo bispo da Diocese de Vila Real, no dia 11 maio; o prelado tomou posse a 30 de junho.
“Estes primeiros tempos são naturalmente de descobertas, de conhecimento, de identificação dos principais desafios, as possibilidades que tem e os dinamismos que tem mas também as necessidades mais importantes”, desenvolveu.
Neste contexto, explica que está a viver um tempo de conhecer as realidades porque “há um fundo cultural muito comum” mas expressões muito diversas, “desde as aldeias um pouco mais afastadas ou despovoadas até às cidades e vilas com algum dinamismo”.
Segundo D. António Augusto Azevedo a missão hoje requer um estilo sinodal que “envolve sempre escuta, acolhimento proximidade, diálogo” e a Diocese de Vila Real “tentará fazê-lo porque a Igreja é povo de Deus em caminho”, naturalmente com diversidade de funções.
“O bispo trabalha com o presbitério e também em comunhão com as comunidades cristãs, com as paróquias, com os movimentos, com as várias realidades vivas da Igreja”, salientou.
A Diocese de Vila Real foi criada pelo Papa Pio XI pela Bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, de 20 de abril de 1922; tem 4273 km2 e 264 paróquias.
CB/OC