Vila Real: Bispo aponta como prioridade a prática da sinodalidade nas comunidades cristãs e apela à participação nas eleições autárquicas

D. António Augusto Azevedo escreveu carta no início do ano pastoral

Agência Ecclesia/MC

Vila Real, 03 out 2025 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real escreveu, esta quinta-feira, uma carta a assinalar o início do ano pastoral, na qual aponta como prioridade o desenvolvimento da sinodalidade nas comunidades e apela à participação nas eleições autárquicas.

“O plano pastoral da diocese para este novo ano propõe as seguintes prioridades: fomentar a sinodalidade nas comunidades cristãs; acolher as várias gerações e proporcionar a sua participação na vida da Igreja; cultivar a caridade como expressão da esperança”, pode ler-se na mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

D. António Augusto Azevedo assinala que “o ano que agora começa será marcado pela implementação ao nível local do processo sinodal” e que esta será uma “oportunidade decisiva para uma profunda renovação eclesial em estilo sinodal ou seja, uma Igreja mais dinâmica, acolhedora e participativa”.

“Uma das manifestações desta atitude é a abertura à participação de todos, dos mais jovens aos mais velhos”, destacou o bispo.

Além disso, o bispo de Vila Real assinala que “acresce ainda a necessidade de valorizar a dimensão sócio-caritativa da Igreja, de reforçar a matriz cristã de muitas instituições (IPSS’s, Misericórdias e outras) e de incrementar uma rede local de apoio, articulada com a Cáritas, que ajude a minorar alguns problemas sociais”.

Na carta, D. António Augusto Azevedo refere-se também ao próximo ato eleitoral, marcado para 12 de outubro.

Com um sentimento de esperança encaramos também as próximas eleições autárquicas, atendendo à extrema importância que as autarquias têm na vida das comunidades locais e no desenvolvimento da região”, escreveu.

O bispo de Vila Real deixa “uma palavra de reconhecimento aos autarcas que cumpriram o mandato que está a terminar e uma palavra de confiança àqueles que o povo escolher para o próximo mandato”.

“Além do apelo à participação, pedimos que, concluída a eleição, sejam superadas as discórdias e divisões que, por vezes, ferem as relações nas comunidades, de vizinhos e até famílias. Respeitando a diversidade de opções, é indispensável fomentar a paz e a união quando se trata do bem das populações locais e da região”, destacou.

O ano pastoral da Diocese de Vila Real tem como lema “Partilhar uma esperança viva” e, na mensagem, o bispo destaca que, em sintonia com ano jubilar que termina em dezembro, todos são “convidados a aprofundar” esta virtude “não só na nossa vida pessoal mas também a levá-la aos outros, sobretudo os que dela mais carecem”.

“No contexto histórico em que vivemos, cheio de preocupações e desafios complexos, não podemos cair no desânimo nem deixar enganar por ilusões. Precisamos, mais do que nunca, de ter consciência das razões da nossa esperança e dar testemunho dela sobretudo junto das pessoas mais desesperadas”, afirmou.

O documento faz ainda alusão a sinais que, neste início de ano pastoral, enchem de esperança, como é o caso de “jovens que iniciam uma nova etapa da sua formação humana e cristã”.

“De facto na catequese da infância e adolescência é significativo o número total de catequizandos nas nossas comunidades, ainda que em algumas aldeias escasseiem as crianças. É igualmente de sublinhar a dedicação de centenas de catequistas que as acompanham e o empenho de muitas famílias na formação dos seus filhos”, observou o responsável católico.

D. António Augusto Azevedo salienta “o papel e testemunho de muitos professores de EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica) e de outros professores cristãos nas diversas escolas”, bem como “a importante missão formativa dos Escuteiros e outras associações”.

“Um outro sinal de esperança é o da recente nomeação de novos párocos para algumas comunidades da diocese. A nova missão que receberam, correspondida pelo bom acolhimento e colaboração dos paroquianos, constitui uma oportunidade de renovação dessas paróquias”, realçou.

O bispo indica que “este processo, porém, torna-se mais patente a realidade preocupante da escassez de presbíteros que continuará nos próximos anos”.

“Depositámos, por isso, grande confiança no grupo de seminaristas da diocese bem como no grupo de candidatos ao diaconado permanente. E a todos os diocesanos pedimos mais orações para que o Senhor envie mais operários para esta messe”, acrescenta.

LJ

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