Encontro serviu de preparação para as visitas pastorais deste ano
Vila Nova de Famalicão, 11 abr 2017 (Ecclesia) – O Arciprestado de Vila Nova de Famalicão, na Arquidiocese de Braga, dinamizou um debate dedicado ao mundo do trabalho que serviu de preparação para as visitas pastorais de 2017.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Departamento Arciprestal da Comunicação Social de Vila Nova de Famalicão informa que foi o arcebispo primaz D. Jorge Ortiga que na abertura do encontro lembrou que o debate tinha como objetivo servir de “preparação para as visitas pastorais”.
O debate foi moderado pelo cónego João Aguiar Campos e os cinco conferencistas apresentaram os seus anseios e preocupações, abordando o trabalho numa perspetiva cristã, “na luta incessante pela justiça e a pela dignidade do homem”.
A diretora técnica do Centro Social e Paroquial de Castelões, Rosa Maria Vale, abordou “a questão dos salários”, particularmente “as injustiças nas tabelas salariais” e explicou que muitas vezes “assume o papel de moderadora entre os colaboradores e as chefias” nesta questão.
“O Homem não é um mero instrumento de produção, mas sim colaborador de Deus no mundo”, observou o presidente da direção da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS Braga), o cónego Roberto Mariz que realçou o trabalho “como elemento dignificador”.
Já a presidente diocesana da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) falou sobre “ética” e alertou que “atualmente, as pessoas preferem gozar de rendimentos do que colaborar na vida de uma empresa”.
“Numa altura em que todas as pessoas falam de códigos de ética que acabam por não sair do papel, é necessário estarmos atentos. O que distingue uma empresa é o Homem”, desenvolveu a empresária Fátima Amorim.
Bruna Costa, coordenadora diocesana da Juventude Operária Católica (JOC), também participou no debate sobre o trabalho e salientou o movimento “não se explica mas vive-se na relação de uns com os outros”.
O dirigente nacional da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) partilhou um testemunho de vida, como operário ligado ao mundo sindical e à Igreja.
“Expressão de solidariedade para com os seus colegas que revidicavam melhores condições de trabalho”, foi o que Américo Monteiro procurou sempre na sua participação como sindicalista.
O comunicado informa ainda que ‘O Mundo do Trabalho em Debate’ teve cerca de 70 participantes, contou também com a presença do bispo auxiliar de Braga D. Nuno Almeida, no dia 6 de abril, no Centro Pastoral de Santo Adrião, no Arciprestado de Vila Nova de Famalicão.
CB