Vigília Pascal: «O que celebramos nesta noite tornou-se a alvorada do mundo» – Cardeal-patriarca de Lisboa

D. Manuel Clemente afirmou que a ressurreição anuncia-se onde há «vidas a proteger» e «pessoas a acompanhar»

Lisboa 1 abr 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse na homilia da Vigília Pascal que a celebração da ressurreição resulta de uma “cadeia de vivências e testemunhos” e é a “alvorada do mundo”.

“Sim, o seu Espírito reproduz em nós a mesma vitória. Sim, o que celebramos nesta noite tornou-se a alvorada do mundo”, afirmou D. Manuel Clemente, na Sé de Lisboa.

Para o cardeal-patriarca, a “verdadeira prova da ressurreição de Cristo é a vida em ressurreição de quantos, movidos pelo seu Espírito, vão vencendo a morte pela prática do bem”.

“Aquelas mulheres deram por isso. Também os discípulos acabaram por perceber. E assim começaram uma cadeia de vivências e testemunhos que constituem a substância da Igreja e da nossa condição batismal”, acrescentou.

D. Manuel Clemente lembrou os “nomes de cidades, gentes e ofícios” onde os discípulos testemunharam o Ressuscitado e disse que “também não faltam nomes, pessoas e tarefas, tudo aí mesmo, como está e como requer presença, atenção e cuidado”.

“Aí mesmo nos espera o Ressuscitado. Aí mesmo O veremos e testemunharemos, precisamente agora. Aí mesmo, onde houver vida a proteger, da conceção à morte natural. Aí mesmo, onde houver pessoas a acompanhar, com prioridade para os mais pobres, mais frágeis ou mais sós”, sublinhou.

“Que será ressuscitar?”, interrogou-se o cardeal-patriarca de Lisboa na homilia da Vigília Pascal.

“Ressuscitar não significará deixar de ser quem somos, mas sermos nós próprios doutro modo – do modo de Cristo, como absoluta comunhão com Deus, com todos e com tudo”, indicou D. Manuel Clemente.

PR

Homilia de D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, na Vigília Pascal

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Agência ECCLESIA

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