Vietname garante que respeita liberdade religiosa

O governo do Vietname emitiu uma declaração escrita a respeito das suas políticas religiosas, assegurando que todos os cidadãos têm o direito à liberdade de culto e de religião. Nguyen The Doanh, chefe do Comité vietnamita para os assuntos religiosos, apresentou no início deste mês o documento “Religião e políticas sobre a religião no Vietname”, em conferência de imprensa. Doanh afirmou que o governo tem implementado, de forma consistente, uma política de unidade nacional “sem qualquer discriminação baseada na religião”. Segundo este responsável, tem sido levado a cabo um “trabalho relevante” para ir ao encontro das necessidades espirituais dos crentes das várias confissões religiosas. Apesar disso, Nguyen The Doanh admitu que, no passado, essas práticas não foram observadas devido a um entendimento “impróprio” das actividades religiosas por parte das autoridades locais. No passado dia 25 de Janeiro, o primeiro-ministro do Vietname, Nguyen Tan Dung, realizou uma visita inédita ao Vaticano. Esta foi a primeira vez que um chefe do governo de Hanoi se encontrou com o Papa para discutir a normalização das relações diplomáticas bilaterais, actualmente inexistentes. O governo vietnamita não permite que se nomeiem directamente Bispos, mas exige que a Santa Sé apresente alguns nomes entre os quais o governo elege o candidato que considera oportuno. As autoridades decidem também os candidatos aos seminários e à ordenação sacerdotal. Segundo a Santa Sé, ao longo dos últimos anos “registaram-se progressos concretos, que abriram maiores espaços de liberdade religiosa para a Igreja Católica no Vietname”. Mais de 6 milhões de cristãos vivem no país asiático, com uma população de cerca de 80 milhões de pessoas. Neste país não existe presença estável de um Núncio Apostólico nem representante diplomático da Santa Sé. Desde 2004 vigora no país a legislação sobre “Crenças e Organizações Religiosas”, que bane as actividades religiosas não reconhecidas pelo Estado com base em critérios vagos de segurança nacional e exige aos líderes religiosos que sigam o princípio da “unidade nacional” e que eduquem os crentes sobre o patriotismo.

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