«Vídeo do Papa»: Francisco alerta contra populismos

«Que nos reencontremos especialmente com os mais pobres e vulneráveis», refere intenção de oração para julho

Cidade do Vaticano, 30 jun 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco convidou a construir a “amizade social”, para além dos grupos de amigos, alertando contra os populismos, na sua intenção de oração para julho, divulgada hoje.

“Gostaria de propor a todos que fossem além dos grupos de amigos e construíssem a amizade social, que é tão necessária para a boa convivência”, disse, na mais recente edição de ‘O Vídeo do Papa’.

Numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA, Francisco incentiva ao reencontro, “especialmente com os mais pobres e vulneráveis”, as pessoas que estão “nas periferias”.

“Que nos afastemos dos populismos, que exploram a angústia do povo sem oferecer soluções, propondo uma mística que nada resolve. Que fujamos da inimizade social, que só destrói, e escapemos da ‘polarização’”, apela.

O Papa afirma que o diálogo “é o caminho para ver a realidade de uma maneira nova”, para viver com entusiasmo os desafios da construção do bem comum.

Rezemos para que, nas situações de conflitos sociais, económicos e políticos, sejamos arquitetos do diálogo, arquitetos da amizade, corajosos e apaixonados, homens e mulheres que sempre estendem a mão, e que não haja espaços de inimizade e de guerra”.

Francisco começa o ‘Vídeo do Papa’ a salientar que a “Bíblia diz que quem encontra um amigo encontra um tesouro”.

“A amizade social, um caminho proposto para um mundo doente na encíclica ‘Fratelli Tutti’” é o tema do ‘Vídeo do Papa’ para este mês, um projeto dinamizado pela Rede Mundial de Oração do Papa, confiada à Companhia de Jesus (Jesuítas).

O padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, observa que esta intenção “ressalta a ênfase do Santo Padre em que “possamos fazer renascer, entre todos, um anseio mundial de fraternidade”.

“Todos os estudos acadêmicos internacionais mostram que a polarização cresceu muito nos últimos anos, mesmo nas democracias mais fortes. Por isso, ser arquitetos da amizade e da reconciliação – o que Francisco nos pede – é ainda mais urgente no mundo de hoje, onde – como recordou Bento XVI em sua encíclica ‘Caritas in veritate’ – a sociedade cada vez mais globalizada nos aproxima, mas não nos faz irmãos”, destaca, em comunicado de imprensa.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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