Vidas Consagradas para o mundo

Programa da Igreja Católica na Antena 1 apresentou histórias radicadas nos votos de castidade, pobreza e obediência

O mundo do sagrado revelou-se uma companhia permanente para a criança António Couto. Esta foi uma certeza que nasceu cedo na sua vida, em Vila Boa do Bispo, Marco de Canavezes. A presença de Deus era tão certa e visível, que aos 11 anos decide entrar no Seminário para aprofundar o mundo do sagrado que o chamava.

Foi seminarista, consagrado missionário, simples religioso, biblista. Hoje D. António Couto é bispo auxiliar de Braga porque nunca disse não a Deus. A certeza de que não está sozinho nunca o abandonou. “Já houve saltos de percurso no meu caminho e eu senti sempre que esse Deus, perto de mim e meu amigo, não me abandona nunca. Se sinto mais agora ou menos a sua presença, eu digo que sinto na mesma”.

Também a Nuno Westwood, Deus trocou-lhe as voltas. Quis ser religioso contemplativo, mas responde à sua vocação sendo pároco. Sacerdote há 14 anos na comunidade dos Apóstolos de Santa Maria, o Pe. Nuno Westwood aprendeu que a sua felicidade está na escuta de Deus.

“Escolhi a vida contemplativa, mas Deus trocou-me as voltas. No entanto, olhando para trás, sinto a mão de Deus muito presente e sinto-me feliz nos vários serviços que fui prestando. Se uma pessoa está em sintonia com a Igreja, tem o coração aberto às solicitações que vão surgindo, vontade, garra e paixão pela Igreja e por Cristo, está preparado para tudo”.

Na primeira semana em que a Igreja Católica assinala a vidas consagradas, o programa que a Ecclesia tem diariamente na Antena 1, apresentou histórias radicadas nos votos de castidade, pobreza e obediência.

D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, e o Pe. Nuno Westwood, pároco de São Julião da Barra, em Oeiras, através dos seus testemunhos mostram diferentes formas de exercer a sua vocação consagrada.

D. António Francisco dos Santos, na mensagem para a Semana do Consagrado, alerta para os “novos desafios e diferentes espaços” onde os consagrados são chamados.

“Os consagrados não vivem alheios à realidade nem são insensíveis aos problemas, nem tão pouco se sentem intocáveis diante da fragilidade humana ou imunes perante o pecado. Sabem-se, isso sim, chamados por Cristo e enviados pelo Espírito para a missão”.

“Os consagrados são chamados para esta linha da frente na resposta às novas pobrezas, no acompanhamento solícito junto de quem procura Deus, no serviço exigente da educação, no diálogo lúcido com o mundo da cultura e na atenção fraterna dada aos que vivem afastados da fé ou apenas guiados pela razão e pela ciência”, indica o também Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.

A semana do Consagrado termina este Domingo, dia 7. Entre os dias 13 e 16, decorre em Fátima a semana de formação sobre a vida consagrada para reflectir sobre os novos desafios colocados aos religiosos. 

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Agência ECCLESIA

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