Visita apostólica abrangeu 50 mil religiosas de 341 institutos
Cidade do Vaticano, 16 dez 2014 (Ecclesia) – O Vaticano apresentou hoje o relatório conclusivo da visita apostólica que realizou a 50 mil religiosas de 341 institutos nos Estados Unidos da América, de 2009 a 2012.
O cardeal João Braz de Aviz prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé) explicou que a visita apostólica “ofereceu às religiosas novas oportunidades para descobrir a presença e a ação salvífica de Deus numa frutuosa comunicação com as outras religiosas, com os pastores da Igreja e com os fiéis leigos”.
O cardeal brasileiro expressou também o desejo de que “a autoavaliação e o diálogo suscitados pela visita apostólica continuem a dar frutos abundantes para revigorar e fortalecer os institutos religiosos na fidelidade a Cristo, à Igreja e à sua inspiração fundadora”.
D. João Braz de Aviz admitiu que a visita apostólica foi vivida “com apreensão por algumas religiosas” e lamentou “a decisão, por parte de alguns institutos, de não colaborar totalmente na sua realização”.
Noutro sentido, o responsável garantiu que o seu dicastério está comprometido em “colaborar a fim de responder à resolução do Papa Francisco de que “o génio feminino” encontre expressão” nos lugares em que são tomadas as decisões importantes na Igreja e na sociedade.
Além desta visita apostólica, o Vaticano promoveu entre 2008 e 2011, uma investigação à Conferência de Líderes das Religiosas Femininas (LCWR, sigla em inglês), a cargo da Congregação para a Doutrina da Fé, que ordenou uma reforma profunda da organização.
Após os problemas registados com vários institutos de religiosas nos Estados Unidos da América, o relatório publicado hoje propõe a continuação do trabalho de “autoavaliação” dos institutos em todos os aspetos da sua vida.
“Além da publicação deste relatório geral, o nosso dicastério enviará relatórios individuais aos Institutos que receberam uma visita ‘in loco’ e aos Institutos aos quais os relatórios individuais suscitaram preocupações”, precisou o cardeal Braz de Aviz.
Segundo este responsável, a celebração do Ano da Vida Consagrada oferece “uma boa ocasião para trabalhar para a plena reconciliação” e promover “um testemunho radiante e atraente de comunhão fraterna”.
OC