Vida Consagrada: Vaticano aprovou novo texto das constituições das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus

«Não se trata de um caminho novo, mas do mesmo caminho hospitaleiro, com matizes diferentes» – Irmã Anabela Carneiro

Cidade do Vaticano, 17 nov 2022 (Ecclesia) – As Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus têm um novo texto das suas Constituições, que procura responder melhor à sociedade atual, aprovado pelo Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé).

“Não se trata de um caminho novo, mas do mesmo caminho hospitaleiro, mas com matizes diferentes para nos adaptarmos às exigências do momento atual”, explicou a superiora geral da congregação religiosa, a irmã Anabela Carneiro.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus contextualizam que a redação do novo texto das Constituições revitaliza a sua identidade e missão na Igreja e no mundo, tendo contado com a participação de mais de 900 religiosas e teve início em 2019.

As alterações às Constituições procuram “responder melhor à realidade da sociedade atual – multicultural, mutável e desafiante” -, sublinhando a essência da vocação hospitaleira desta congregação que assiste anualmente “mais de 820.000 pessoas com doenças mentais, deficiência e demências”.

A irmã Anabela Carneiro, religiosa portuguesa, afirma que “o novo texto das constituições assinala o carisma e a missão da congregação”.

“O nosso lugar é estar junto de quem sofre. Por conseguinte, o impacto na sociedade é direto”, acrescenta a superiora geral das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus.

Segundo explica o comunicado, das alterações introduzidas nas novas Constituições, adquirem relevo “algumas novas perspetivas”.

Um novo olhar sobre a espiritualidade hospitaleira, entendendo-a não só na sua dimensão de oração, mas como uma espiritualidade que abrange todas as áreas de ação da pessoa. O conceito de formação contínua e permanente das religiosas. A dimensão da interculturalidade, a abertura à universalidade tanto para a vida em comunidade, como para o serviço em 25 países. A compreensão da autoridade como um serviço e não como um poder”.

O novo texto das Constituições, aprovado pelo Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, promove o serviço às pessoas com doenças mentais e deficiência – com preferência pelas mais vulneráveis – que as Irmãs Hospitaleiras presentam em “mais de 85 centros de cuidados em todo o mundo”.

Foto: Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus

As Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus foram fundadas por São Bento Menni, sacerdote da Ordem de São João de Deus, e Maria Josefa Récio e Maria Angústias Giménez, em Ciempozuelos – Espanha, a 31 de maio de 1881.

A congregação religiosa, está presente em Portugal há mais de 125 anos, celebra os 75 anos da criação da província em 2021, e desenvolve a sua intervenção em 12 Unidades de Saúde – oito no Continente e quatro nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira; Uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com Fins de Saúde, na prestação de cuidados especializados em Psiquiatria e Saúde Mental, Demências, Reabilitação Física e Cuidados Paliativos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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