Vida Consagrada: «Toda a Igreja tem em Luiza Andaluz uma intercessão e um grande estímulo de zelo apostólico» – D. José Traquina

Virtudes heroicas da religiosa portuguesa foram celebradas em ação de graças no Santuário de Fátima

Fátima, 26 abr 2018 (Ecclesia) – O bispo de Santarém convidou a retomar “a vida e o testemunho de Luiza Andaluz em sentido profético”, na celebração de ação de graças pelas virtudes heroicas da fundadora da Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima.

“Toda a Igreja, e particularmente a cidade e Diocese de Santarém, tem em Luiza Andaluz uma intercessão e um grande estímulo de zelo apostólico; A vocação e missão estão bem identificadas e coincidentes com a vocação e missão da Igreja, concretizada em cada Igreja Diocesana”, disse D. José Traquina, esta quarta-feira, na Basílica da Santíssima Trindade.

A Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima dinamizou uma peregrinação ao santuário da Cova da Iria onde deram graças pelo reconhecimento das virtudes heroicas da sua fundadora Luiza Andaluz (1877-1973).

Na celebração acompanhada pela Agência ECCLESIA, o bispo de Santarém assinalou que o momento sugere que retomem “a vida e o testemunho de Luiza Andaluz em sentido profético”.

“Em quaisquer circunstâncias, com mais ou menos adversidades ou facilidades, por mais interessante que seja um programa de dedicação pastoral, o segredo é sempre a identificação com Cristo”, explicou.

A 19 de dezembro de 2017, o Papa aprovou a publicação do decreto que reconhece “as virtudes heroicas” da Serva de Deus Luiza Andaluz e que foi lido esta quarta-feira na Basílica da Santíssima Trindade.

“Durante os anos do seu governo, a Serva de Deus multiplicou as obras apostólicas, trabalhou pela expansão do instituto, promoveu a formação das irmãs, guardou sempre uma profunda união com Deus por meio da oração e meditação, viveu enamorada da sua vocação religiosa, praticou a pobreza e uma profunda humildade no trato com as pessoas”, ouviu-se em Fátima, antes da salva de palmas que encheu a basílica.

Na homilia, D. José Traquina realçou que a beleza da vocação cristã da Serva de Deus tem “um contexto familiar e eclesial” e o testemunho de fé dos membros da sua família e o relacionamento qualificado com os Pastores da Igreja “são decisivos para gerar sensibilidade cristã e progressiva conversão”.

“Também isto é profético; não podemos promover atividades pastorais para cumprir calendário, nem para simples entretenimento, tem de haver zelo apostólico e desejo que todos se deixem atrair pelo Amor de Jesus”, desenvolveu o bispo de Santarém.

Foto: Santuário de Fátima

O programa convidou a um momento cultural, no Centro Pastoral Paulo VI, e da 23.ª Jornada da Família Andaluz – associação de leigos, reconhecida recentemente pela Santa Sé – os peregrinos levaram para casa o folheto ‘Ressonâncias’, com o decreto das virtudes heroicas de Luiza Andaluz, um livro com pensamentos da religiosa e uma coleção de postais com as virtudes da madre para que sejam distribuídos e a tornem a “mais conhecida possível”.

Luiza Maria Langstroth Figuera De Sousa Vadre Santa Marta Mesquita e Melo nasceu a 12 de fevereiro de 1877, no Palácio Andaluz em Marvila (Santarém), numa família abastada.

Em 1923 abriu o Colégio Andaluz e fundou a congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, que foi oficialmente reconhecida em 1939, da qual foi superiora até 1953, e faleceu aos 96 anos, a 20 de agosto de 1973, em Lisboa.

As Servas de Nossa Senhora de Fátima dedicam-se ao trabalho em centros paroquiais, jardins-de-infância, lares assistenciais e hospitais, escolas públicas, no Santuário de Fátima e a congregação está atualmente presente em Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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