Estudar a história crítica da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima corresponde a um «desejo de continuidade», afirmou o bispo de Santarém
Santarém, 13 out 2023 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou hoje na abertura do simpósio sobre o 100 anos da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima (SNSF) que o estudo do passado ilumina o presente e corresponde a um “desejo de continuidade”
Para D. José Traquina, a história permite “revisitar o passado para fazer luz no presente”, dando continuidade à “inspiração” da fundadora da congregação e à leitura dos “sinais dos tempos”.
“Retomar o carisma da origem, a inspiração e a iniciativa da fundadora permite continuar, como ela, a ler os sinais dos tempos com oração humilde, crente e sábio”, afirmou o bispo de Santarém
O simpósio “100 anos de história(s): conheça, celebre e testemunhe a Obra de Deus” assinala um século da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, fundada por Luiza Andaluz, em Santarém, no dia 15 de outubro de 1983.
Na sua intervenção durante a sessão de abertura do simpósio, o bispo de Santarém lembrou o tempo “politicamente conturbado” da época fundacional da congregação e, um século depois, a celebração do centenário “acontece num empo em que não faltam preocupações no mundo: falta de bondade, de respeito, de justiça e de paz”.
D. José Traquina considera que a fundação das SNSF “é mais uma prova da existência de Deus e de que Deus é surpreendente”, porque aconteceu num “momento contracorrente”, mas com “grande êxito e muitas solicitações”, nomeadamente ao nível da educação e do apoio social.
O simpósio “100 anos de história(s): conheça, celebre e testemunhe a Obra de Deus” começou hoje em Santarém, na Casa Mãe da Congregação, e vai decorrer até domingo para a apresentação da investigação desenvolvida pelo Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) sobre os 100 anos das SNSF.
Para o diretor do CEHR, o estudo da história da congregação aconteceu ao longo de um “percurso longo e fecundo”, que permitiu a “descoberta e interpretação do que pode ser a história crítica das Servas de Nossa Senhora de Fátima”.
Paulo Fontes lembrou que, em Portugal, não há “trabalhos significativos, do ponto de vista historiográfico, que façam a história das congregações religiosas, nomeadamente femininas”, constituindo por isso este projeto um “desafio para os historiadores e para o CEHR”.
Paulo Fontes lembrou que a história da congregação cruza-se com a história da diocese, da cidade e da região do Tejo onde a congregação se enraizou”, valorizou a aposta das SNSF para conhecer a sua “memória critica” e agradeceu “a confiança e os meios para levar por diante este trabalho”.
Para a superiora-geral das Servas de Nossa Senhora de Fátima, os três dias de simpósio correspondem a “etapa final de um processo longo de investigação para a elaboração da história critica da congregação”, com publicação prevista no final do ano.
“A necessidade de interpretar a nossa história ajuda a profundar o que somos e uma melhor compreensão do que somos ajuda-nos a viver melhor”, afirmou a irmã Maria de Jesus.
O simpósio “100 anos de história(s): conheça, celebre e testemunhe a Obra de Deus” assinala o encerramento das comemorações do centenário da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, que termina no domingo com uma Eucaristia e a apresentação do Musical Luiza Andaluz.
PR