Padre Manoel da Conceição Quinta é o novo superior da região Portugal-Angola
Fundão, 20 mar 2017 (Ecclesia) – O novo superior da região Portugal-Angola da Sociedade de São Paulo afirmou que o desafio hoje é saber como apresentar “Jesus que é a verdade” numa sociedade de “regime de opinião”.
“O maior desafio que vejo em Portugal é evangelizar esse povo que cada vez é mais indiferente, mais agnóstico. Falar da verdade de Jesus Cristo, que é caminho, verdade e vida e que é no fundo não só o salvador mas a nossa libertação”, disse o padre Manoel Quinta.
À Agência ECCLESIA, o sacerdote brasileiro, de 65 anos, explicou que não considera a sociedade ateia, “porque é difícil ser ateu”, mas agnóstica, vivendo-se num “indiferentismo religioso muito grande”.
“Estamos a viver um tempo da desconstrução de tudo, do pensamento, daquilo que chamamos ética, de deontologia, de metafisica. É muito difícil evangelizarmos a pós-modernidade, onde a própria modernidade é questionada mas assumida”, desenvolveu.
Sobre Angola “um país muito grande, muito pobre” e com “problemas sociais grandíssimos” onde os religiosos têm uma comunidade e uma livraria, o padre Manoel Quinta explica que é preciso analisar se é possível ter “um seminário para abrir as vocações” e desenvolverem a missão caraterísticas dos Paulistas da evangelização através dos meios de comunicação social.
O sacerdote que já estava “aposentado” recebeu a nomeação, em janeiro 2017, com grande “alegria mas ao mesmo tempo grande surpresa” e conta que as suas raízes estão em Portugal, porque os seus pais eram portugueses.
O padre Manoel Quinta substituiu o sacerdote português José Carlos Nunes e iniciou o seu triénio, esta quinta-feira, depois de terminada a assembleia regional que escolheu os seus conselheiros.
Na reunião realizada em Lisboa também esteve o superior geral Sociedade de São Paulo que referiu que o primeiro desafio em Portugal é “levar o Evangelho” a todas as realidades.
Para o padre Valdir José de Castro, chegar às pessoas que “estão distantes” através da comunicação é também um “grande desafio”.
Sobre a comunidade e a livraria que existe em Benguela, Angola, o sacerdote brasileiro comentou que o desafio é “um pouco diferente” porque o contexto é “mais difícil” e há “necessidade de levar conhecimentos básicos às pessoas” em diversas áreas.
Eleito há dois anos, o superior geral dos Paulistas explicou que percorreu o mundo a conhecer a realidade da congregação com uma presença “de visita fraterna, motivação”, de ver os projetos, mesmo onde há “mais dificuldades, como alguns países africanos ou da América Latina.
Os sacerdotes Paulistas falaram à Agência ECCLESIA na cerimónia de bênção e inauguração da nova Paulus Livraria no Fundão, na Diocese da Guarda, onde têm presença apostólica desde 1997.
Neste contexto, o diretor-geral da Paulus, padre José Carlos Nunes, destacou as prioridade e novidades de 2017 onde a visita do Papa Francisco a Fátima e o Centenário da Aparições na Cova da Iria são uma “temática muito forte” e vai ser editado mais um volume da Coleção YOUCAT, sobre a Bíblica, depois da publicação do DOCAT, a Doutrina Social da Igreja, no ano passado.
CB