Vida Consagrada: «Não fui capaz de escolher outra coisa», vocação à hospitalidade

Vila Nova de Gaia, Porto, 06 fev 2016 (Ecclesia) – A irmã Laurinda Faria, da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, recorda a vocação que nasceu num “ambiente muito normal, natural” familiar e paroquial, e depois do discernimento “não” foi capaz de “escolher outra coisa”.

“Desde pequenina que fui tendo essa intuição, não sei dizer porquê, que a minha vida tinha sentido numa entrega total e radical aos outros. A educação cristã, a participação na paróquia foi-me dando elementos que me foram ajudando”, começa por contextualizar a religiosa à Agência ECCLESIA.

Na juventude, a irmã Laurinda Faria fez um discernimento vocacional “mais acurado”, já com a ajuda das Irmãs Hospitaleiras, num colégio que existia em Braga, e foi percebendo a “intuição que se impôs”.

“Conhecendo a missão das irmãs hospitaleiras não fui capaz de escolher outra coisa”, acrescenta a religiosa que relembra que mesmo assim, na juventude teve “ideia de ser outras coisas, de fazer outras coisas e de viver de outra maneira”.

A missão e serviço da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus é na área da saúde, trabalham “quase na totalidade com a doença mental”.

“Na Igreja a nossa missão é curar”, sublinha a irmã Laurinda Faria, explicando que as pessoas estão doentes, marginalizadas, abandonadas ou, “simplesmente, bem enquadradas na sua família” mas têm uma doença psíquica e precisam de tratamento.

O Ano da Vida Consagrada começou a 29 de novembro de 2014 por iniciativa de Francisco, primeiro Papa jesuíta da história da Igreja, para celebrar com toda a Igreja o “dom” desta vocação e “reavivar” a sua “missão profética”, e conclui hoje, festa litúrgica da Apresentação de Jesus.

Para a irmã Laurinda Faria este ano foi uma iniciativa “muito bonita” pela “alegria” dos próprios religiosos/as e porque reafirmam individualmente, nas comunidades, e publicamente “o valor e o significado profético da Vida Consagrada”.

“A vida consagrada não se destina a fazer coisas mas a ser um sinal de uma realidade diferente, de valores absolutos, perenes, a dizer ao mundo que a vida não acaba aqui, que muitas coisas pelas quais lutamos não têm valor terminal”, desenvolve a religiosa hospitaleira do Sagrado Coração de Jesus.

O Santuário de Fátima acolhe entre hoje e terça-feira a Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada, com o tema «Misericórdia e Vida Consagrada»; no domingo, tem lugar a peregrinação nacional, sob a presidência de D. Manuel Clemente, que marca o final do Ano da Vida Consagrada convocado pelo Papa Francisco.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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