Vida Consagrada: Musical vai contar vida de Luiza Andaluz, fundadora das Servas de Nossa Senhora de Fátima

Atores ocupam quinta em Lisboa, para preparar apresentação

Lisboa, 26 set 2023 (Ecclesia) – Pedro Ribeiro está a encenar um musical sobre a vida e obra de Madre Luiza Andaluz considera que a criação artística, ainda na fase de ensaios, é uma forma de “mostrar a vida desta mulher” desde os seis anos até ao final da vida ativa, através “da música e da palavra”.

“Adoro encenar com música e fazer este espetáculo sobre Luiza Andaluz é muito atraente e fascinante”, disse à Agência ECCLESIA Pedro Ribeiro.

Os atores e atrizes estão desde o início de setembro, na Quinta da Tílias (Cacém – Lisboa), uma casa das Servas de Nossa Senhora de Fátima, a ensaiar o musical e aprimorar “os movimentos e colocação do corpo”.

Para o encenador, o musical tem a vertente “dramática e alegre” com momentos que fazem “pensar e meditar sobre alguns problemas sociais” mas a “Luiza também tinha momentos de comédia” que proporcionam “gargalhadas”.

O produtor do espetáculo, Armando Calado, assume que “não é normal” fazer-se um musical em Portugal sobre “uma figura religiosa”, admitindo “que pouca gente sabe quem é a madre Andaluz”.

Convidado a produzir o musical, em 2019, pela congregação fundada por Madre Luiza Andaluz, Armando Calado colocou também a tónica “na evangelização, usando a música para contar uma história e “ensinar os valores desta pessoa que doou a sua vida e fortuna pessoal para educar gente pobre”.

A madre Andaluz teve “sempre em mente” o “apoio aos padres e a educação das crianças”, sublinhou o produtor à Agência ECCLESIA.

As atrizes Inês Ferreira Alves e Patrícia Quinta encarnam, durante o espetáculo musical, a figura de madre Luiza Andaluz.

Para a Inês Ferreira Alves, que faz de Luiza Andaluz, entre os 16 e os 45 anos, tem sido “um projeto muito desafiante” porque “se fala muito da força daquela mulher”.

“Um espetáculo gratificante porque a vida de Luiza Andaluz é musical e muito especial”, acentuou a atriz que encarna Luiza andaluz entre os 16 e os 45 anos.

Para Patrícia Quinta, a atriz que faz de Luiza Andaluz depois dos 45 anos, a fundadora das Servas de Nossa Senhora de Fátima é “uma mulher de ação e de convicção”.

A figura central do musical era “uma personalidade muito decidida e persistente” e com “grande capacidade de comunicação”.

“A vida de Luiza Andaluz é cheia de música e de emoção”, completou Patrícia Quinta.

O musical Luiza Andaluz está integrado nas celebrações do centenário da fundação das Servas de Nossa Senhora de Fátima e vai estrear no dia 01 de outubro, no auditório do Colégio de São João de Brito, em Lisboa.

O auditório do Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, no dia 08 de outubro, e o Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, no dia 15 de outubro, são os locais onde vai ser exibido este musical.

Luiza Andaluz nasceu (12 de fevereiro de 1877) em Santarém e faleceu, em Lisboa, a 20 de agosto de 1973.

Com trinta e oito anos sentiu o desejo de se tornar irmã carmelita após uma juventude ligada ao trabalho social, numa conjuntura peculiar: no decorrer da ascensão e desmoronamento de três regimes: a monarquia, a I República e o Estado Novo.

Em 1923 juntou um grupo de senhoras e funda um colégio em Santarém.

Fez a sua profissão religiosa em 1939, data da aprovação canónica da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima.

A 19 de dezembro de 2017 o Papa Francisco aprovou o decreto que confirma as virtudes heroicas da madre Andaluz, sendo assim declarada venerável.

LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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