Padre Tony Neves, responsável nacional, destacou que programa fez «memória agradecida»
Cascais, 05 jun 2017 (Ecclesia) – A Congregação dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos) viveu este domingo um Pentecostes Jubilar que assinalou 150 anos de missão em Portugal e reuniram a família em dois polos – Lisboa e Braga – para convívio e celebração.
“A ideia é fazer uma celebração que seja de memória agradecida, por isso houve uma sessão solene para passar a história destes 150 anos com luzes, sombras, com momentos mais bonitos, momentos mais dramáticos. Uma história que consideramos globalmente positiva”, disse o provincial dos Missionários Espiritanos.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Tony Neves afirmou que o principal objetivo é “relançar a missão” e que o futuro seja construído “com esperança” porque existem “todas as condições para que isso venha a acontecer”.
Segundo o religioso, construir o futuro com esperança é continuar a “investir numa pastoral vocacional” que dê à congregação padres e irmãos, mas também formar “leigos e leigas” missionários.
O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu à Eucaristia festiva no Seminário da Torre d’Aguilha, em Cascais; em Braga foi convidado o arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga.
“Um século e meio de presença apostólica e missionária em Portugal é um facto muito relevante até porque estes 150 anos foram muito entrecortados”, comentou D. Manuel Clemente aos jornalistas, recordando a história da congregação.
Com o objetivo de enviar missionários para Angola, foi por Lisboa que os Espiritanos chegaram a Portugal, mais propriamente por Santarém, onde funcionava o seminário do Patriarcado.
“A presença de uma congregação missionária como os Espiritanos quer em missões ultramarinas, quer aqui na terra portuguesa, é de extraordinária importância. Com a sua experiência, nunca são uma Igreja que está à espera que as pessoas cheguem”, desenvolveu D. Manuel Clemente.
Antes da Eucaristia, e depois da projeção de um vídeo sobre a presença Espiritana em Portugal, foi inaugurado um azulejo memorial onde se destaca a árvore japonesa 'gingko biloba’, símbolo de longevidade e de paz.
“[Memorial] Tem o logótipo dos nossos 150 anos e mostra de uma forma muito artística esta missão em que tentamos ajudar a Igreja a ser mais missionária, tentamos ajudar o mundo a ter mais justiça, paz e direitos humanos”, explicou o padre Tony Neves destacando que “não é por acaso” que o símbolo do jubileu é a folha da “famosa nogueira do Japão”.
A formação de jovens à vida consagrada – padres e irmãos – e aposta laical foram duas prioridades e criaram inúmeras associações, movimentos e grupos.
A presidente da obra laical LIAM – Liga Intensificadora de Ação Missionária- , que está a celebrar 80 anos, refere que vivem o jubileu dos fundadores com “muita alegria, muito empenho” e “fervor missionário”.
“O Espírito Santo faz muitas coisas no nosso coração e é muito importante esta união dos 80 anos com os 150 anos dos Espiritanos”, observou Marta Fonseca.
“A Igreja também é jovem e nós somos o lado jovem desta congregação”, afirmou por sua vez Rita Cardoso Lopes, adiantando que procuram mostrar aos outros jovens como são “felizes, alegres e viver sobretudo em comunhão e comunidade”.
A vice-presidente da Região Sul dos ‘Jovens Sem Fronteiras’ explica que os grupos de inserção paroquial expressam o carisma Espiritano, “sendo catequistas, leitores, fazendo parte da comunidade”.
Fundada em 1703 por Cláudio Poullart des Places, a Congregação do Espírito Santo está em 65 países.
CB/OC