Governo geral da congregação foi eleito no Capítulo Geral, que decorreu em Fátima, de 9 a 15 de agosto

Fátima, 18 ago 2025 (Ecclesia) – O Capítulo Geral das Irmãs Franciscanas da Divina Providência, que decorreu entre 9 e 15 de agosto, reelegeu a irmã Maria Helena Teixeira Ferreira como superiora geral e a irmã Ana da Paz como vigária.
“Fazem também parte do novo governo geral as Irmãs Georgina Sarmento e Teresa Silva, naturais de Timor-Leste”, informou a nota enviada à Agência ECCLESIA este domingo.
O Capítulo Geral, celebrado em clima jubilar e sinodal, teve como tema “Caminhemos de mãos dadas com esperança”, um mote que, assinala a congregação, é “de intenso sabor agostiniano”, tendo ligado as Irmãs Franciscanas da Divina Providência ao Papa Leão XIV.
“Ele tem-nos recordado que estamos aqui, na vida consagrada, para sermos um só coração e uma só alma e caminharmos juntos para Deus”, pode ler-se na nota, a respeito do pontífice.
As Irmãs Franciscanas da Divina Providência lembram Santo Agostinho que dizia que só se atreve a dar passos aquele que espera chegar à meta.
“No meio das dificuldades da hora atual, as Capitulares propunham-se impulsionar o Instituto em quatro direções: viver a cem por cento a consagração, contar umas com as outras, agir com lucidez e ousadia, confiando simultaneamente na Divina Providência, e encarar o futuro com olhos luminosos”, indicam.
Procurando analisar com profundidade e realismo o estado da Congregação e traçar programáticas, o Capítulo recorreu à imagem do semáforo, focando cada uma das três cores: “verde (o que está bem e nos convida a avançar), amarela (pontos mais ou menos satisfatórios, que reclamam atenção), vermelha (linhas que não podemos ultrapassar e que é urgente evitar e corrigir)”.
As áreas mais contempladas no debate e nas decisões tomadas recaíram sobre várias áreas como Relação com Deus e oração, vida fraterna em comunidade, pastoral vocacional, formação inicial e permanente e missão do Instituto.
“Mais do que grandes decretos ou resoluções brilhantes vale o propósito geral: não guardar para nós os dons que Deus nos concedeu, mas empregá-los com generosidade em benefício daqueles que mais precisam da nossa ajuda, colocando à sua disposição as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia”, enfatiza a congregação.
“Num mundo marcado por tantas divisões, conflitos e desigualdades, ajude-nos Maria, Nossa Senhora da Divina Providência, a ser sentinelas da misericórdia e da paz em Portugal, Timor e Amazónia Brasileira”, concluíram as Irmãs Franciscanas da Divina Providência.
A congregação das Irmãs Franciscanas da Divina Providência nasceu em Fátima e tem nesta cidade “uma instituição emblemática, a “Casa do Bom Samaritano”, considerada a continuação direta da humilde obra iniciada na Moita Redonda pela Fundadora, Ana Amorim, para acolher “os de maior necessidade”, pessoas “que em nenhum lugar encontram abrigo”.
“Foi a primeira Obra de solidariedade social fundada em Fátima, para onde a Fundadora se sentiu misteriosamente atraída por Nossa Senhora, que aqui fez uma opção clara pelos pequenos e pelos pobres. Cada Irmã procura encarnar a figura evangélica do Bom Samaritano, e a Congregação inteira gostaria de ser um ‘Samaritano coletivo’, por agora presente em três países, Portugal, Timor-Leste e Brasil”, refere a congregação.
LJ