Foto: Sociedade Missionária da Boa Nova
Lisboa, 09 jan 2024 (Ecclesia) – O padre António Rodrigues Pereira, missionário da Boa Nova, faleceu na última sexta-feira, aos 92 anos, na sequência de um atropelamento, no Brasil.
O funeral realizou-se no dia seguinte, no Cemitério da Paz, no país onde trabalhou no Seminário e na Paróquia da Boa Nova, em Novo Cruzeiro e Contagem, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA pela Sociedade Missionária.
O sacerdote nasceu em Maceda, Ovar, na Diocese do Porto, a 24 de julho de 1931, numa família de seis irmãos “muito simples e religiosa” e tem a vida reunida em “História do Amar de Deus Manifestada em Minha Vida” no livro “Jogaram a Vida”.
O destino do padre António Rodrigues Pereira seria cuidar dos campos e dos animais, quando o irmão Justino abandonou o seminário e a mãe chorou, por desejar ter um filho padre
“Eu disse à mãe: ‘Ó mãe, eu quero ser padre’”, contou o sacerdote, adianta a nota de pesar, que explica que foi algo que se tornou realidade no dia 31 de maio de 1958.
De acordo com a mensagem, “no dia seguinte, Missa nova em Maceda. Seguiram-se dois anos na formação em Cernache e Tomar. Enviado para Moçambique, trabalhou no seminário de Mariri, da nova Diocese de Pemba”.
A experiência na região não foi “fácil”; foi para o Chiúre, ajudar na escola de professores catequistas. Depois foi colocado no Metoro.
Em 1977 encontrou a maior alegria ao visitar uma aldeia comunal em Ancuabe, Moçambique, onde viviam milhares de macondes, vindos da Tanzânia: “Muito aprendi com a fé daquela boa gente bem sofrida”.
“Foi preso em Macomia e levado para Pemba, onde chegou a mensagem de Maputo: ‘apresentar-se em 5 dias no serviço de imigração da capital’. Homem livre, vive livre até na prisão. Foi expulso, mas o plano estava traçado. Saiu para Joanesburgo e de lá para o Brasil, para visitar as comunidades Boa Nova. Escolheu Novo Cruzeiro onde vivia o P. Moreira”, destaca a nota.
O padre António Rodrigues Pereira estava em Portugal quando faleceu o pároco de Vilar do Paraíso, tendo-o substituído.
Em 1990, foi nomeado pároco de Padre Paraíso, em Araçuaí, Brasil, regressando depois a Novo Cruzeiro e a Contagem, onde cumpriu funções no Seminário e na Paróquia de Boa Nova.
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