Celebrações querem ajudar a difundir mensagem do padre Leão Dehon
Lisboa, 11 mar 2025 (Ecclesia) – Os Dehonianos assinalam em 2025 os 100 anos da morte do fundador e os 150 anos da fundação da instituição, procurando dar a “conhecer e aprofundar” a mensagem do padre Leão Dehon.
“A 12 de agosto deste ano celebramos os 100 anos da morte do nosso fundador, o padre Leão Dehon, e no dia 28 de junho de 2028 celebramos os 150 anos da fundação da congregação” disse à Agência ECCLESIA o padre José Agostinho Sousa, presidente da comissão provincial das celebrações jubilares, em Portugal.
Até 2028 está traçado um itinerário com “quatro grandes eixos jubilares” correspondendo a cada qual uma dimensão da missão dos Dehonianos e um elemento da espiritualidade desta congregação.
“Bruxelas/Saint Quentin (Bélgica e França): ‘Domine, quid me vis facere?’ – Senhor, que queres que eu faça? – lugares da morte do Fundador e do início da Congregação; Kisangani (República Democrática do Congo): ‘Ecce venio e Ecce ancilla’ – Eis que venho e Eis a serva (do Senhor) – lugar do martírio, do dom da vida por Jesus e o Evangelho; Quito (Equador): ‘Adveniat regnum tuum’ – Venha (a nós) o vosso reino – lugar da primeira missão ad gentes da congregação; Jacarta (Indonésia): ‘Sint unum’ -Sejam um – lugar do encontro de culturas e do diálogo inter-religioso”, referiu o sacerdote dehoniano que faz parte também da comissão geral das celebrações jubilares.
Este tempo celebrativo serve para aprofundar o conhecimento da figura do fundador dos Dehonianos, a história da congregação e, “ao mesmo tempo, partilhar, dar a conhecer a espiritualidade muito rica dos Dehonianos”, disse o padre José Agostinho Sousa.
Neste espaço temporal vão realizar-se “várias iniciativas”, tanto a nível da província portuguesa como a nível internacional onde estão em destaque “as preocupações sociais do padre Leão Dehon”.
“Uma das preocupações que ele teve e o levou à fundação da congregação foi a expansão da ação social” porque “sentia-se preocupado e inquietado com a difícil situação em que se encontravam os proletários e a classe operária da industrialização”.
Através dos ensinamentos do Papa Leão XIII, nomeadamente a encíclica ‘Rerum Novarum’, (a primeira encíclica sobre a Doutrina Social da Igreja), o fundador dos Dehonianos procurou sensibilizar para esta problemática.
“A nível da formação do próprio clero, o seminário, através de propostas de semanas sociais, congressos, muitos escritos, fundou um jornal, uma revista, escreveu muito, e essas obras sociais são de facto um manancial de inspiração”, acrescentou.
Até 2028, a família dehoniana vai realizar várias iniciativas a nível europeu para dar a conhecer o carisma do padre Leão Dehon.
“Este ano é na França, como seria natural, uma vez que vamos celebrar o centenário, com um congresso sobre a pastoral social do padre Dehon”, realça o padre José Agostinho numa entrevista ao Programa ECCLESIA, emitido hoje na RTP2.
HM/LFS/OC