Vida Consagrada: Bispo de Angra afirma que «religioso ou religiosa são a presença simpática no meio do povo»

«Não nos consagramos para fugirmos do mundo e sermos estéreis; não temos filhos mas não somos estéreis» – D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/CR

Angra do Heroísmo, Açores, 03 fev 2025 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que “os consagrados são um grande tesouro da Igreja”, na Vigília de Oração realizada na véspera do Dia Mundial da Vida Consagrada, onde estavam para a “agradecer o dom da fertilidade espiritual”.

“Um religioso ou uma religiosa são a presença simpática no meio do povo de Deus. São, de resto, o sinal da preferência da opção fundamental de que Deus basta, que não busca poder, riqueza ou outra coisa, que não tem outra meta que não seja servir”, disse D. Armando Esteves Domingues, este sábado, 1 de fevereiro, citado pelo portal online diocesano ‘Igreja Açores’.

Na vigília de oração, promovida pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal na ilha Terceira, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, o bispo de Angra afirmou que estavam ali a “agradecer o dom da fertilidade espiritual”, porque consagração não é sinónimo de “esterilidade”.

“Não nos consagramos para fugirmos do mundo e sermos estéreis; não temos filhos mas não somos estéreis. O mundo de hoje mais depressa rouba do que conquista, simula mais do que gera; um mundo complicado, que ninguém suporta”, acrescentou.

A Igreja Católica celebrou o Dia Mundial da Vida Consagrada, na festa litúrgica da Apresentação de Jesus no Templo, este domingo, dia 2 de fevereiro, segundo domingo do Tempo Comum; foi instituído pelo Papa João Paulo II, em 1997.

“Podem até ser menos do que eram no passado, mas quantos religiosos deram e continuam a dar a vida em lugares de guerra e sofrimento sendo sinal de Cristo?”, referiu o responsável diocesano, que incentivou a uma “presença constante” dos consagrados no mundo.

Segundo D. Armando Esteves Domingues, neste tempo de Jubileu, a Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo, com o tema ‘Peregrino de Esperança’, é preciso reconhecer que “os consagrados são um grande tesouro da Igreja”.

“Jesus Cristo é a boa esperança, quando a Palavra escrita ou lida se torna vida ela é sempre presença libertadora do amor de Deus em nós. Em Cristo podemos reescrever a história de tudo criado; se calhar em nós, também deveríamos ser capazes de dizer diante dos presos, dos pobres, dos cegos, dos doentes que está a chegar a tua libertação”, desenvolveu, lê-se no sítio online ‘Igreja Açores’.

Na Diocese de Angra, os núcleos da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) nas ilhas de São Miguel e da Terceira celebraram o Dia Mundial da Vida Consagrada com vigílias de oração, este sábado, nos Santuários do Senhor Santo Cristo e Nossa Senhora da Conceição, respetivamente; em São Miguel também realizaram uma peregrinação entre o Forno da Cal, na Paróquia de São Roque, até à igreja jubilar do santuário cristológico, na freguesia de São José, em Ponta Delgada.

Na ilha de São Miguel estão presentes oito Congregações e Institutos de Vida Consagrada, no final da celebração, deste domingo, três religiosas celebraram as bodas de ouro e de prata de profissão religiosa: a irmã Maria Luísa, das irmãs de São José de Cluny, 50 anos, e as irmãs Virgínia Dantas e Maria Madalena, das Reparadoras Missionárias da Santa Face, 25 anos.

‘Peregrinos da esperança, no caminho da paz’, é o tema do Jubileu da Vida Consagrada, do Ano Santo 2025, agendado para os dias 8 e 9 de outubro, em Roma.

CB

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