Vida consagrada: Bispo da Guarda destaca dom e ação na Igreja e na sociedade

D. Manuel Felício apelou à participação da diocese nas diversas iniciativas e mais interação

Guarda, 03 dez 2014 (Ecclesia) – O bispo da Guarda participou na iniciativa que assinalou o início do Ano da Vida Consagrada na diocese, este domingo, e destacou a importância destes homens e mulheres serem “sinal e profecia” no mundo atual.

“A vida consagrada tem, dentro da Igreja, compromis­so especial com o louvor divino, mas também com a generosa entrega ao serviço dos outros e da comunidade e com a saída em missão ao encontro dos que estão mais longe de Cristo e da mesma Igreja”, disse D. Manuel Felício, no Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos.

Na intervenção enviada hoje à Agência ECCLESIA, intitulada ‘Vida consagrada sinal e profecia de um mundo novo’, o prelado começa por explicar as razões do ano da vida consagrada que “é um grande dom de Deus à Igreja e também à sociedade”.

“Sinal indicador de um mundo novo pensado e querido por Deus desde toda a eternidade, mas que ainda não está cumprido, pelo menos na sua integralidade”, observou, acrescentando que é profecia porque “anuncia” esse mesmo mundo do qual já “faz experiência antecipada”.

O início do Ano da Vida Consagrada na Diocese da Guarda foi promovido pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) Regional da Guarda e para além da intervenção de D. Manuel Felício contou com vários testemunhos.

Este Ano foi convocada pelo Papa Francisco e assinala a publicação do decreto conciliar “Perfectae Caritatis”, sobre a renovação da vida consagrada, assinalado a 28 de outubro de 2015.

Com o lema “Vida Consagrada na Igreja Hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”, esta iniciativa termina a 2 de fevereiro de 2016, e tem três grandes objetivos: “Fazer memória agradecida do passado”, “abraçar o futuro com esperança” e “viver o presente com paixão”.

D. Manuel Felício adiantou que em Portugal o final do Ano da Vida Consagrada celebra-se com uma peregrinação nacional a Fátima, a 7 de fevereiro de 2016.

No Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos, o bispo da Guarda destacou, aos mais de cem participantes, que a vida comunitária é “mais do que” a vida em comum uma vez que pretende ser “vida fraterna em comunidade”, um sinal profético dos “mais importantes” para o mundo atual marcado “profundamente pelo individualismo e pelo drama da solidão”, que afeta “idosos” e “frequentemente jovens”.

Para este Ano foi pedida a adesão da diocese nas diversas iniciativas que vão ser promovidas a nível mundial, nacional e regional e às comunidades de vida consagrada que “deem a conhecer as suas datas mais importantes com a especificidade do seu carisma”.

Na sua intervenção, o prelado pediu também a estas comunidades que ajudem a diocese a rezar porque a iniciação à oração é da “máxima importância nas comunidades cristãs”; às Irmãs Carmelitas que orem pelas “preocupações e necessidades mais prementes” e às demais comunidades que, “sobretudo ao domingo”, celebrem pelo menos uma hora da “Liturgia das Horas com o povo”.

Outro pedido específico foi o “esforço conjugado” para desenvolverem uma “pastoral das vocações”, acrescentou D. Manuel Felício.

O prelado destacou ainda algumas razões para que se faça “memória agradecida” por este dom na vida da Igreja e da sociedade, como: A importância para a Europa da rede de mosteiros aquando o “fim do Império Romano e as invasões dos bárbaros”; ou o papel das ordens mendicantes na reforma da Igreja e mesmo em Portugal a ação da Ordem de Cister “com serviços de defesa e promoção da cultura, do povoamento das terras e desenvolvimento da agricultura”.

CB

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Agência ECCLESIA

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