Vida Consagrada: «Animar as irmãs» e ir ao encontro das comunidades, são missões da superiora geral das Concepcionistas ao Serviço dos Pobres (c/vídeo)

Irmã Célia Cabecinhas assinala que «a sinodalidade acontece também» através das visitas «fraternas/canónicas» que vai realizar

 

Lisboa, 22 ago 2022 (Ecclesia) – A irmã Célia Cabecinhas, a nova superiora geral da Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, por um mandato de seis anos, explicou que esta missão “é sobretudo animar as irmãs e ajudar à fidelidade” ao carisma.

“A missão de olhar pela congregação, onde está, nas comunidades cá mas também nas que estão fora, zelar pela fidelidade das irmãs, e no serviço aos pobres”, disse hoje a religiosa, no Programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

A irmã Célia Cabecinhas explica que a superiora geral deve “deslocar-se” aos países onde a congregação se encontra, “a cada comunidade e escutar cada irmã”.

“A sinodalidade acontece também por essa via das visitas fraternas/canónicas”, relaça.

A religiosa foi eleita superiora geral da Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, por um mandato de seis anos, no XIII Capítulo Geral, que decorreu entre 19 e 25 de junho, com o lema “De graça recebeste, de graça dai”, em Elvas.

“O primeiro desafio é à conversão. À minha conversão, não me via nesta missão tão difícil”, revelou a entrevistada, referindo que, a cada ano, as irmãs estão disponíveis para ir para onde é necessário, e, no seu caso vê-se “muito na missão ad gentes”.

“Sei sempre que pode ser outra missão que me peçam, e neste ano não era diferente, estava também aberta à missão que fosse necessária, mas não contava que fosse esta. Ainda estou a tentar acolher com alegria”, acrescentou.

Na reunião magna desta congregação religiosa também foram escolhidas para o governo geral a irmã Ivone Coelho, como vigária geral, e as irmãs Emília Ribeiro, Josina Tinga e Lucia Pat como conselheiras.

“Cuidar da fraternidade entre nós, a nossa missão passa muito por ai. Viver a pobreza, ter os olhos abertos às situações de pobreza, mas também sermos pobres; Ver quais são os pobres que reclamam o nosso cuidado”, são prioridades da congregação, adianta a superiora geral das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres.

A congregação religiosa nasceu em Elvas, “no cuidado às crianças, num contexto de guerra civil espanhola”, fundada pela Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, e hoje está presente nas Pedras Salgadas, em Fátima e Mira de Aire, em Abrã (Santarém), no Fundão e em três comunidades no Alentejo.

As Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres estão também em Timor-Leste, com três comunidades em duas dioceses, em Moçambique, e no México também com três comunidades, uma dedicada à formação, outra mais de “pastoral direta” num conjunto de paróquias, e uma que acolhe “meninos que foram abandonados por terem alguma deficiência”.

A irmã Célia Cabecinhas já viveu em Moçambique, em Manjacaze, durante dois anos, quando estava na formação inicial, e recordou “um desafio muito grande”: “Fui para partilhar a fé e tive o impacto da fé de um povo que ora de Bíblia na mão, isso foi impressionante”.

Depois, a missionária portuguesa também viveu em Timor-Leste, onde chegou em 2007, e durante quatro anos viveu “a partilha com o povo a todos os níveis”, na montanha, “longe do acesso a redes sociais, à internet, mesmo da televisão”.

Segundo a superiora geral das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, a congregação atua “muito nas pontas”, nas idades da fragilidade, “com crianças pequenas e com adultos muito grandes”.

PR/CB

 

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