Vicentinos da Madeira procuram “novas formas de pescar”

As conferências de São Vicente de Paulo da Madeira reuniram em congresso em Porto Santo de 27 a 28 de Maio. Setenta vicentinos, delegados de 30 das 82 paróquias da Madeira, estiveram reunidos em Porto Santo, na Sala de Congressos, durante dois dias. As Conferências de São Vicente de Paulo ainda “não está implantadas em todas as paróquias”, disse à FÁTIMA MISSIONÁRIA, Gisela Soares. O encontro foi proveitoso e “enriquecedor”, confirmou a nossa entrevistada, vicentina da paróquia de Porto Santo. A reflexão, mas sobretudo “os testemunhos foram enriquecedores”, pois “mostraram como levar o auxílio às famílias necessitadas”. Em dia da Ascensão, durante a eucaristia, o pároco porto-santense, Duarte Gomes, afirmou que é “através das Conferências de São Vicente de Paulo que nas paróquias se manifesta a caridade organizada da Igreja”. Na presença dos congressistas e de uma vasta assembleia paroquial, o sacerdote explicou que “é pelas mãos dos vicentinos que passa o amor de Deus, como canais que o levam aos irmãos e irmãs em dificuldade”. A pobreza deve ser “entendida no sentido mais amplo”. E exemplificou: a caridade “passa pela atenção aos que não sabem, aos que não têm objectivos, que desconhecem qual o seu lugar na vida, ensinando a pescar”. Não é “dando coisas que se resolve o problema da pessoa, que vai continuar pobre”. É preciso “renovar o modo de acção, encontrar novas formas de ensinar a pescar, concluiu Duarte Gomes. Barcos na rocha à espera da bênção O domingo da Ascensão é o dia de visita pascal para os barcos da ilha. A bênção começa na Calheta para terminar no porto novo. Terminou a missa na capela do Espírito Santo. Passava das 11 horas. Da porta do pequeno templo, situado nas proximidades da praia, saiu o sacerdote, Duarte Gomes, paramentado de alba e estola, três meninas, desde há muito ditas saloias, que acompanham a visita a cantar, à frente a bandeira do Espírito Santo. De carro dirigiram-se para a Calheta, a poucos quilómetros a poente da ilha. Os barcos estão estacionados à porta das suas respectivas casas. Enfeitados a rigor, com a mesa posta no lugar das redes, aguardam a visita do pároco. Sob o olhar curioso dos turistas, cujo traje de praia contrasta com o dos pescadores e suas famílias asperge as pessoas e o barco. Distribui uma pagela de recordação e confraterniza com os presentes. A visita aos barcos continuou durante o dia, tendo sido interrompida para o almoço na casa de um pescador. Só terminou ao fim do dia no porto com a bênção dos barcos aí congregados. A frota pesqueira de Porto Santo tem vindo a reduzir-se pouco a pouco. Pudemos constar que o peixe na lota tem sido escasso. A ilha é abastecida com peixe proveniente do Funchal.

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