Passados 40 anos, considera que o nascimento da diocese foi “um passo bem dado”
Viana do Castelo, 04 nov 2017 (Ecclesia) – O atual pároco de Paredes de Coura, padre Manuel Moreira, nos primórdios da criação da Diocese de Viana do Castelo era contra o nascimento do novo território eclesial, mas, passados 40 anos, considera que foi uma ideia certa o aparecimento desta diocese minhota.
“Perguntar a uma criança que foi gerada no ventre de uma mãe, se quer separar-se da mãe não é agradável de modo algum”, disse à Agência ECCLESIA o padre Manuel Moreira sobre a posição que teve na altura da criação da Diocese de Viana do Castelo.
Na altura, pensava que “devia estar preso à mãe que era a Diocese de Braga”, porque estudou no seminário daquela cidade.
Quando lhe perguntaram se queria pertencer a outra diocese, o padre Manuel Moreira disse “que não” e nos princípios ficou “um bocadinho revoltado”.
O primeiro bispo da diocese, D. Júlio Tavares Rebimbas, chamava-lhe “refilão”, recordou.
Depois deste período inicial, o atual pároco de Paredes de Coura converteu-se e considera que a diocese ganhou “uma dinâmica muito grande”.
Hoje, a diocese minhota é um “corpo vivo” e está “cheia de vitalidade” porque “tem um clero relativamente jovem”, frisou
“Foi um passo bem dado” e dá “graças a Deus” pela sua “conversão”, finalizou.
A 3 de novembro de 1977, o Papa Paulo VI erigiu canonicamente a Diocese de Viana do Castelo, separando-a da Arquidiocese de Braga, pela Constituição Apostólica ‘Ad aptiorem populi Dei’.
A área da diocese, com 2255Km2, coincide com território civil do distrito de Viana do Castelo, contando 291 paróquias e uma população de 241 mil habitantes, dos quais 216 900 são católicos (89,88%).
CB/LFS